Caixa culpa a Justiça por não romper contrato com GTech

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Por Agencia Estado
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A Caixa Econômica Federal pôs na Justiça a culpa por não conseguido ainda romper o contrato com a empresa GTech, que processa todos os seus jogos e fornece os equipamentos de apostas para as casas lotéricas. Mas parte da diretoria da estatal, reunida hoje para fazer os esclarecimentos a respeito do contrato com a GTech, não conseguiu justificar por que renovou por 25 meses o contrato com a empresa, apesar de um parecer técnico aconselhar que isso deveria ser feito por apenas seis meses. Ademir Fernandes Cleto, da assessoria jurídica da Caixa, disse que o parecer para que a renovação fosse feita por seis meses baseou-se nas esperanças de que o Tribunal Regional Federal (TRF) julgasse ainda em 2003 os recursos do banco estatal contra as ações da GTech que impedem o rompimento da parceria. Mas nada foi julgado no ano passado. "Por isso, o parecer foi mudado para a renovação por dois anos", disse Cleto. Paulo Bretas, vice-presidente de Logística da Caixa, disse que ao fim dos 25 meses - com possibilidade de rompimento aos 18 meses - o banco finalizará seu contrato com a GTech, porque está desenvolvendo sistema próprio para operar suas loterias. Hoje, todos os equipamentos pertencem à empresa que explora os serviços. Ela recebe R$ 0,1275 para cada operação, como uma aposta ou o pagamento de uma conta. Isso dá, em média, R$ 30 milhões por mês. Desde maio de 2002 um grupo de especialistas em informática da Caixa trabalha para montar o sistema para seus jogos.

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