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Caixa abre investigação interna para apurar suspeitas da Lava Jato

Banco estatal disse que vai colaborar com as investigações da Polícia Federal que investiga repasses de agências de publicidade para empresas do ex-deputado André Vargas

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Por Murilo Rodrigues Alves
Atualização:

 Brasília - A Caixa Econômica Federal informou nesta sexta-feira, 10, que abrirá apuração interna para averiguar os fatos revelados nesta manhã pela Polícia Federal na 11ª fase da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás. Nessa nova fase, a Polícia Federal apura crimes envolvendo contratos de publicidade do banco estatal e do Ministério da Saúde.

"A Caixa reitera que vai colaborar integralmente com as investigações e informa que encaminhará imediatamente todos os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria-Geral da União, à Polícia Federal e ao Ministério Público", afirmou, em nota, o banco estatal. 

Agência da Caixa Econômica Federal, no Rio Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Há suspeita de que a agência de publicidade Borghi Lowe tenha pago propina aos irmãos Vargas para obter vantagens em contratos da Caixa e outros órgãos públicos. Os repasses teriam sido feitos a duas empresas controladas pelos Vargas, a LSI e a Limiar.

Segundo a PF, os contratos de 2010 a 2014 da Borghi Lowe, de Ricardo Hoffmann - preso nesta sexta - com a Caixa estão sendo investigados. Hoffmann é considerado uma espécie de operador do esquema de repasse de propina a agentes públicos. A PF identificou “padrão semelhante” com o esquema do mensalão envolvendo agências de publicidade ligadas ao ex-deputado. As agências subcontratavam produtoras do ex-petista. O bônus de 10% que deveria ser direcionado pelas produtoras para as agências acabava pulverizado em propinas para políticos

As investigações apontam que, para a realização dos comerciais da Caixa, eram contratadas empresas terceirizadas, como as de filmagem. As subcontratadas repassavam 10% do valor para as duas empresas de Vargas

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