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Cachorro alemão pode entender mais de 200 palavras

Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisadores alemães descobriram que um cachorro alemão da raça border collie chamado Rico entende mais de 200 palavras e consegue aprender palavras novas tão rapidamente quanto muitas crianças. A pesquisa publicada na edição desta sexta-feira da revista científica Science (www.sciencemag.org) verificou que Rico conhece o nome de dezenas de brinquedos e pode pegar aquele que seu dono pede. O tamanho de seu vocabulário é equivalente a de golfinhos e papagaios treinados para entender palavras, disseram os pesquisadores. Rico consegue ir além, descobrir o significado de uma palavra nova. Os pesquisadores colocaram vários brinquedos em uma sala. Um deles, Rico não conhecia. Em uma outra sala, o dono de Rico pediu a ele para pegar um brinquedo, usando um nome que Rico nunca havia ouvido. O border collie foi capaz, em 7 de 10 tentativas, de pegar no outro quarto o brinquedo que nunca havia visto. Ele aparentemente entendeu a ordem de seu dono, pois conhecia os nomes de todos os outros brinquedos menos um. Este deveria ser o brinquedo com o nome que ele nunca tinha ouvido. "Aparentemente ele foi capaz de ligar a nova palavra ao novo item baseado em um aprendizado por exclusão", disseram os pesquisadores liderados por Julia Fischer do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, Alemanha. Um mês depois Rico ainda lembrava o nome do novo brinquedo em três das seis vezes em que foi perguntado mesmo tendo-o visto somente uma vez, no primeiro teste. Segundo os cientistas, essa habilidade é equivalente a de uma criança de 3 anos. A habilidade de aprender de Rico pode indicar que partes do entendimento da fala se desenvolveram separadamente da fala humana, segundo os pesquisadores. Mas o pesquisador Paul Bloom, da Universidade de Yale, pede cautela. "Crianças entendem palavras usadas em diversos contextos. A capacidade de Rico de entender palavras é manifestada no seu comportamento de pegar coisas e trazê-las para seu dono", afirmou Bloom em um artigo que acompanha a pesquisa na revista.

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