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Cachoeira se nega a responder perguntas na CPI da Loterj

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Por Agencia Estado
Atualização:

O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, recusou-se por 22 vezes a responder a perguntas feitas na audiência da CPI da Loterj/Rio Previdência, da Assembléia do Rio de Janeiro, na Assembléia Legislativa de Goiás. A atitude faz parte da estratégia de defesa de Cachoeira, que aparece em uma fita de vídeo divulgada em fevereiro de 2004, discutindo o pagamento de contribuições de campanha e propina ao ex-subchefe de Assuntos Parlamentos da Casa Civil Waldomiro Diniz - que em 2002 era presidente da Loterj. Cachoeira invocou o direito constitucional de não produzir provas contra si próprio, e disse que gravou o vídeo para se resguardar contra Waldomiro, mas negou ter feito a fita de áudio em que o sub-procurador da República José Santoro tenta convencê-lo a entregar a gravação de fita de vídeo original. O empresário afirmou também não ter mais fitas, e reiterou ter feito apenas a fita de vídeo divulgada em fevereiro. O bicheiro também se recusou a responder algumas perguntas alegando que fugia ao objeto da investigação, sem ser contestado pelos deputados da CPI, os quais elogiou em seu discurso final. "Eu acredito nesta CPI. É uma maneira limpa e correta da verdade vir à tona". Ao falar sobre o Ministério Público Federal, Cachoeira elogiou o órgão e afirmou que "a CPI é um baluarte na luta contra corrupção, esta corrupção desenfreada que existe. É importante que se coloque corrupção zero no Brasil", disse. Ao longo de três horas e vinte minutos de depoimento, acompanhado de advogados, Cachoeira, que antes do início da audiência chegou a entrar com uma petição para não responder perguntas, demonstrou tranqüilidade, sorriu quase o tempo todo e voltou a acusar Waldomiro de prejudicá-lo.

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