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Cabral indicará Benedita para secretaria em seu governo

O governador eleito do Rio quer a ex-ministra na Secretaria de Ação Social e o deputado estadual, Carlos Minc, no Meio Ambiente. PT precisa aprovar os nomes

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador eleito do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), admitiu nesta quinta-feira que, se aprovados pelo PT do Rio, indicará a ex-ministra Benedita da Silva para a Secretaria de Ação Social e o deputado estadual reeleito Carlos Minc para a Secretaria de Meio Ambiente. "Evidentemente, eu acho que são dois nomes qualificados para os cargos, dentro dos critérios técnicos que estamos adotando na escolha de nossos colaboradores. Sendo eles aprovados pelo PT, iremos em seguida formalizar a indicação", disse Cabral. Minc é um antigo aliado de Cabral e Benedita participou da costura da aliança entre o governador eleito e o presidente Lula no segundo turno. Questionado sobre possíveis críticas à indicação de Benedita, que deixou o Ministério da Ação Social no início do governo Lula depois de ter viajado para um encontro religioso na Argentina com dinheiro público, Cabral defendeu sua provável futura secretária. "Pelo amor de Deus, a biografia dela merece mais respeito e consideração. Benedita, primeiro, é uma assistente social. Segundo, uma mulher que dedicou sua vida à causa dos menos favorecidos, com uma trajetória de luta pelos mais humildes. Eu não tenho a menor dúvida de que ela é capaz de se sair muito bem na secretaria." O convite aos petistas para integrarem o governo de Cabral foi feito nesta quinta em reunião entre o peemedebista e uma comissão composta pelo presidente regional do PT, Alberto Cantalice, o candidato derrotado do partido ao governo do Estado, Vladimir Palmeira, a nova líder da legenda na Assembléia Legislativa, deputada Inês Pandeló, além da própria Benedita, que coordenou a campanha de Lula no Rio. Cantalice disse que a decisão de participar ou não do governo será tomada em uma reunião na próxima terça-feira, quando também serão submetidos à votação os nomes de Minc e de Benedita. Para a ex-ministra, o fato de o partido ter enviado uma comissão para conversar com o governador eleito sinaliza predisposição em participar do governo, embora possa haver vozes discordantes. Há dúvidas, porém, se ela será apoiada pela base do partido.

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