Cabral e Adriana Ancelmo embarcam rumo a Curitiba para depor a Moro

Depoimentos do casal serão prestados no processo que investiga suposto recebimento de propinas na construção do Comperj

Por Constança Rezende
Atualização:

RIO - O ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo foram escoltados no início da manhã desta quinta-feira, 27, por policiais federais até a Base Aérea do Galeão, junto ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antonio Carlos Jobim do Galeão. Eles foram levados para embarcarpara Curitiba, onde prestarão depoimento às 14h para o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal. As oitivas serão prestados no processo que investiga o suposto recebimento de propinas na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Adriana Ancelmo e Sérgio Cabral são alvos de operações da Polícia Federal em esquema de corrupção de lavagem de dinheiro Foto: Vera Donato|Estadão

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Agentes da Polícia Federal levaram Adriana, sob escolta, do apartamento onde mora e cumpre prisão domiciliar no Leblon, na zona sul do Rio, por volta das 5h30. Já Cabral foi levado às 7h da sede da Polícia Federal, na zona portuária do Rio.  O ex-governador dormiu lá depois que o avião da PF em que o casal embarcaria, na noite de quarta-feira, 26, apresentou problemas técnicos; Adriana, que também fora levada para embarcar, foi conduzida de volta para casa, para esperar o novo embarque. Nesta quinta, 27, o avião da PF decolou com o casal pouco depois das 9h30.

Desde novembro, Cabral está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, acusado de corrupção na Operação Calicute. Adriana é acusada de ter participado do esquema. Em seu depoimento ao ser preso, o ex-governador repudiou as acusações.

Nesta quarta-feira, 26, a Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu mandar a ex-primeira dama do Rio de volta à prisão, mas ela continuará cumprindo pena domiciliar até o julgamento de todos os recursos do processo.

O desembargador Abel Gomes, relator do processo, chegou a pedir à 7ª Vara Federal Criminal do Rio a emissão de novo mandado de prisão preventiva, mas voltou atrás após a defesa de Adriana apresentar recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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