
06 de outubro de 2011 | 18h01
Para justificar a necessidade de deslocamentos aéreos para as autoridades do governo, o edital de concorrência afirma que "as difíceis condições de tráfego (da cidade do Rio) tendem ao agravamento, sendo muitas vezes impossível de se prever o tempo dispensado para um determinado trajeto".
Em nota, o governo informou que a aeronave em licitação deve substituir um helicóptero antigo. As aeronaves mais antigas dessa frota datam de 1990 e 1993, segundo documentos apresentados em junho pelo governo no processo de contratação de seguros para os equipamentos. A Polícia Civil tem um helicóptero de 1983 e a Polícia Militar, um de 1995.
Cabral costuma usar as aeronaves do Estado para percorrer parte do trajeto entre sua residência, no Leblon, e a sede do governo, o Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Segundo o governo, o deslocamento aéreo é necessário por motivos de tempo e segurança.
Por via terrestre, a distância entre os dois pontos é de 10 km. Quando voa, o governador percorre de carro os 2 km que separam seu apartamento da Coordenadoria Adjunta de Operações Aéreas, na Lagoa. Lá, ele embarca em um helicóptero que o transporta por 5,3 km até Laranjeiras.
O edital de concorrência alega que a nova aeronave será usada para fiscalizar a execução das obras da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. O governo exige que a nova aeronave tenha capacidade para transportar seis pessoas, autonomia mínima de 2 horas de voo, sistema de ar condicionado, assentos em couro e iluminação individual para leitura. Pelo valor de até R$ 17,7 milhões, a empresa vencedora da licitação também deve treinar dois pilotos e dois mecânicos para a manutenção do helicóptero. Também faz parte da licitação a compra de um novo helicóptero para a Secretaria de Saúde do Estado, pelo mesmo valor e com as mesmas características.
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