05 de novembro de 2008 | 11h26
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira, 5, que a anistia aos crimes cometidos durante o regime militar é uma questão do Poder Judiciário. "Quem tem que decidir é o Poder Judiciário", disse Jobim, ao chegar à Câmara dos Deputados para participar da cerimônia de comemoração dos 20 anos da promulgação da Constituição Federal. Veja Também: Íntegra da contestação da AGU sobre a Lei da Anistia Direito à verdade: Livro conta história oficial Entenda o processo que resultou na Lei de Anistia Especial traz a cronologia dos fatos de 1968 Para Dilma, tortura é um 'crime imprescritível' Ameaça de renúncia em peso na comissão de anistia acirra crise Historiador analisa revisão que pode punir torturador A polêmica sobre a Lei de Anistia voltou ao noticiário com a realização de seminário pelo Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos, em julho. Ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva , como Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannuchi (Secretaria de Direitos Humanos), defendem que sejam julgados os militares por crime de tortura durante a ditadura.Ao comentar o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos, Jobim disse que a vitória do democrata Barack Obama foi importante. "A esperança é de que haja uma inflexão nos Estados Unidos", disse o ministro. Jobim ressaltou que é de se esperar que alguns rumos sejam alterados na política americana. "O processo democrático fica fortalecido com tudo isso", disse.
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