Bueno diz que Congresso aprova o que o governo quer

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Por Evandro Fadel
Atualização:

O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), contestou hoje a alegação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, de que o volume de mais de R$ 700 milhões destinados a Pernambuco para prevenção de enchentes em 2011 foi obra do Congresso. "A base toma as decisões de acordo com a vontade do governo, vota o que o governo manda", afirmou. "São 400 e tantos, então é uma ''tratorada'' atrás da outra."De acordo com o ministro, a proposta do governo federal para o Estado era de R$ 68 milhões, que foram acrescidos com emendas parlamentares. "Não é uma ação do ministro ou do governo federal", disse ele durante uma entrevista, ontem, no Rio de Janeiro. Bueno disse ter recebido um telefonema de Bezerra, que se dispôs a prestar informações na Comissão Representativa do Congresso, propondo que isso aconteça às 10 horas da próxima terça-feira.O ofício para que a comissão discuta os efeitos das chuvas foi apresentado pelo deputado federal Arnaldo Jardim (SP), representante do PPS no órgão. "Quem define a data é o José Sarney (que preside a comissão)", disse Bueno. O deputado estava ontem em Matinhos, no litoral do Paraná, mas, apesar de não fazer parte da comissão, acentuou que pretende ir a Brasília, caso a comissão se reúna de fato na terça-feira. Como líder da bancada, ele já tinha apresentado um pedido de informações sobre as denúncias de uso político das verbas do Ministério da Integração Nacional."Cada ministério faz de seu lote o que bem entende", afirmou o deputado paranaense. "No governo só há foco eleitoral e não de nação." Bueno disse ainda que "falta gestão, planejamento e competência" ao governo federal. Segundo ele, no caso das enchentes, os recursos não foram para os Estados que mais precisavam, citando Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. "O governo demora, nada acontece e vem tudo de novo", lamentou.

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