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Buarque: PDT pode apresentar nova ação contra Sarney

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Por CAROL PIRES
Atualização:

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse hoje, em plenário, que, se o jornal O Estado de S. Paulo não desmentir a notícia veiculada ontem, na qual foi revelado que dois apartamentos ocupados pela família Sarney em São Paulo estão em nome de empreiteiras, ele conversará com a bancada do PDT para apresentar nova representação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética. Mais cedo, José Sarney garantiu que os apartamentos estão declarados no Imposto de Renda do seu filho, o deputado Zequinha Sarney (PV-MA), e que apenas não possui a escritura do imóvel porque não terminou de pagar as prestações."Vou tentar que o meu partido entre com uma representação para esclarecer tudo isso, se amanhã O Estado de S. Paulo não pedir desculpas ao senador Sarney. Se O Estado de S. Paulo pedir desculpas, muito bem. Aí temos é que criticar o jornal, mas não pode levá-la à Comissão de Ética", disse o senador. "Mas, se o jornal amanhã reafirma, traz mais dados, desfaz o que disse o senador ou mostra que foram incompletas as explicações, nós não temos outra saída a não ser apresentar mais uma representação e continuar esse sofrimento contínuo que nós estamos vivendo há tantos meses, porque já faz meses que eu próprio aqui recomendei a licença dele, um pedido dele", afirmou.Esta semana, o Conselho de Ética irá analisar os recursos apresentados pela oposição contra o arquivamento de onze ações apresentadas contra o presidente do Senado por quebra de decoro parlamentar. Para abrir processo contra Sarney, será preciso que pelo menos oito senadores votem a favor do recurso. A oposição, entretanto, tem apenas cinco votos, e precisará da ajuda dos três senadores do PT para investigar o peemedebista."Eu estou de acordo que o PT, pelas ligações, pelo que se chama hoje de governabilidade, não aceitasse hoje a abertura das cassações. Mas não é cassação, é apenas o direito do povo saber o que é verdade e o que é mentira. O PT não pode fazer isso com o Brasil", observou Cristovam. "Eu gostaria de ver um Brasil limpo, onde o Congresso estivesse acima de qualquer suspeita", concluiu.

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