Brizola pede investigação de Fórum Social

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-governador Leonel Brizola, presidente nacional do PDT, determinou hoje à bancada do seu partido na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul que peça esclarecimentos ao governador Olívio Dutra (PT) sobre a liberação de R$ 1 milhão para a organização do Fórum Social Mundial, que começa amanhã na capital gaúcha. O mesmo deverá ser feito em relação ao prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), que, segundo o ex-governador, liberou R$ 300 mil para o evento. "O PT não está sendo transparente com o dinheiro público. Então, o governador e o prefeito vão lá e decidem liberar R$ 500, R$ 1 milhão, R$ 2 milhões e fica tudo por isso mesmo. Cadê a autorização legislativa?", criticou. "Cabe à sociedade, ao Ministério Público, à Assembléia Legislativa, ao Tribunal de Contas e à Justiça investigarem esse volume de dinheiro liberado pelo governo do Estado e pela prefeitura do PT." O ex-governador disse que o FSM é uma iniciativa boa, mas, segundo ele, está sendo "manipulado" pelo PT. "Por que eles não convidaram as outras forças de esquerda do País. Eu mesmo gostaria de participar", disse Brizola, que nega ter recebido um convite oficial da organização do evento. Segundo ele, o que o PDT recebeu foi uma "notificação" dos organizadores, que teriam decidido convidar o partido depois que o líder pedetista na Assembléia Legislativa gaúcha, deputada Vieira Cunha, reclamou da exclusão dos trabalhistas no fórum. "Não queríamos ser meros músicos, mas queríamos estar regendo a orquestra, participando da organização, da escolha dos convidados. Para isso, o convite, e não essa notificação, tinha de ser feito meses atrás e não há 15 dias", explicou. Brizola disse que o PT não tem cacife para liderar a "bandeira contra o neoliberalismo" no Brasil. "Na realidade, eles são minorias. Nós já lutávamos contra o imperalismo mesmo antes do próprio nascimento do PT".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.