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Briga entre oposição e governo mostra atraso, diz Lula

Presidente falou de governadores no momento em que oposição entrou com pedido no TSE contra ele

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Por Leonencio Nossa
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 17, que as brigas entre oposição e governo mostram um atraso do País. Em discurso feito durante visita a uma escola técnica em Planaltina, cidade satélite do Distrito Federal, Lula reclamou do tratamento dado pelos partidos oposicionistas ao governo. "Acho que temos de ter uma evolução política", disse. "Temos de saber a época de brigar, disputar e governar."   Veja Também:  Lula defende entendimento entre Brasil e Argentina Lula diz que País segue disposto a ajudar Colômbia para paz Pouco antes, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do oposicionista DEM, fez um agradecimento a Lula pelo modo suprapartidário de se relacionar com os governadores. Foi o suficiente para o presidente, minutos depois, defender sua gestão e reclamar dos adversários. "Eu sou de um partido, o Arruda é de outro. O Serra (governador de São Paulo, José Serra, do PSDB) e o Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, de outro. Se a gente não assumir a responsabilidade de que a gente tem a vida inteira para brigar e apenas quatro anos para governar e temos de governar juntos, quem perde é a sociedade." Os governadores citados pelo presidente mantêm uma relação cordial com o Palácio do Planalto. Lula fez referências a eles, especialmente, no caso de Arruda e Serra, que são de partidos de oposição, num momento em que tanto o PSDB quanto o DEM entraram com ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal de Contas da União (TCU) alegando uso da máquina federal para promover o nome da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata de Lula para as eleições presidenciais de 2010. "Da minha parte, eu só peço a Deus que, daqui para frente, nos próximos 20 ou 30 anos, o governante que for eleito tenha juízo para perceber que a briga que fazemos, muitas vezes, é o que mostra o atraso deste País e o número de analfabetos e de gente sem formação no País", disse.

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