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Brasil vai apoiar moçambicano para OMS

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Saúde, Humberto Costa, será um dos principais cabos eleitorais do primeiro-ministro de Moçambique, Pascal Mocumbi, que concorre às eleições para a direção da Organização Mundial da Saúde (OMS). Costa estará em Genebra, na semana que vem, depois de passar pelo Fórum Econômico de Davos e pedirá, em nome do governo brasileiro, votos para o africano. O Brasil lidera uma coalizão de países que apóia o nome de Mocumbi como o substituto da atual diretora da OMS, Gro Harlem Brundtland, da Noruega. Brundtland acaba seu período à frente da entidade com má reputação entre os países em desenvolvimento, por supostamente favorecer os interesses das grandes economias em temas relacionados à saúde. A norueguesa ainda travou um acirrado conflito com o ex-ministro da Saúde José Serra, pela insistência do brasileiro em trazer para a OMS o tema das patentes de remédios. Diante da reação negativa dos países pobres em relação à sua gestão, Brundtland sequer tentará um segundo mandato na OMS, e seu sonho de se tornar a primeira mulher a ser secretária-geral da ONU parece cada vez mais distante. Por enquanto, o Brasil já conseguiu o apoio de todos os países de língua portuguesa, da França e de outros africanos para Mocumbi. Os diplomatas brasileiros ainda promoveram uma recepção, durante a semana, em homenagem ao candidato moçambicano em Genebra. Mocumbi, porém, terá duros concorrentes na eleição marcada para a próxima terça-feira em Genebra. Outros quatro candidatos estão na corrida: Julio Frenk, do México, Jong Wok Lee, da Coréia, o belga Peter Piot e Ismail Sallam, do Egito.

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