A assinatura do memorando de entendimento entre o Brasil e os EUA na área do etanol foi bem recebida pelo diretor de Energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Luiz Gonzaga Bertelli. Ele salientou, no entanto, que o País terá de aumentar sua capacidade produtiva. Na safra 2006, o Brasil produziu cerca de 17 bilhões de litros de álcool. "Se o Brasil quiser ampliar as exportações terá que produzir muito mais álcool", disse o diretor de Energia da Fiesp. "E isso significa que novas usinas terão que ser instaladas e as atuais, ampliadas." De acordo com Bertelli, atualmente, "apesar de se ter uma lei permitindo que se aumente a mistura do álcool com a gasolina para 25%, ainda estamos entre os 20 e 23%, pois há o temor de que pode faltar álcool". Ele atribui essa hipótese ao aumento do consumo resultante da produção de automóveis bicombustíveis. O diretor de Energia da Fiesp alertou ainda para o fato de que a empresa Dedini, principal fabricante de equipamentos para usinas de álcool está com sua capacidade produtiva comprometida por encomendas pelos próximos quatro anos.