A partir do ano que vem, o número total de vereadores no País diminuirá cerca de 14%. Passará de 60.320 para 51.784, calcula a União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), provocando um alívio nas finanças das cidades. Segundo decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 1º de abril, o número de vereadores tem de ser proporcional à população. O critério foi baseado em sentenças do Supremo Tribunal Federal (STF). A maioria dos vereadores ataca a decisão do TSE, sob o argumento de que ela prejudica a representatividade da população. É o caso do presidente da Câmara de São Caetano (SP), Paulo Pinheiro (PTB). ?É ruim para a democracia, pois quanto mais cabeças pensantes interessadas em representar os munícipes, melhor?, diz. As associações de vereadores preparam uma reação à decisão do TSE. As entidades programaram uma marcha a Brasília nos dias 27, 28 e 29 e já lutam para aprovar no Congresso, até o início de junho, uma emenda constitucional para restituir as vagas extintas pela Justiça. Em defesa dos vereadores, a Câmara já está se mobilizando para tentar reverter a decisão e analisa em ritmo acelerado duas emendas à Constituição que aumentam o total de vereadores. Elas precisam ser aprovadas antes das convenções partidárias, no início de julho, que vão escolher os candidatos às eleições municipais de outubro.