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Brasil sobe cinco posições no IDH

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil subiu cinco posições no ranking das Nações Unidas sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países. Segundo relatório do Progama das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o País ocupa a posição de número 69, entre 162 países analisados, à frente de Filipinas e Omã e sendo superado por Arábia Saudita, Fiji e Tailândia. No ano passado, a colocação brasileira era a de número 74. O relatório apontou a Noruega como o melhor país do mundo para se viver. Essa é a primeira vez que Oslo ganha esse título, após anos de predomínio do Canadá, que passou para a terceira posição. Em segundo lugar ficou a Austrália. Os Estados Unidos ocupam a sexta posição e a última colocação ficou para Serra Leoa. Para a realização do relatório, a ONU leva em conta a renda, educação e saúde para indicar a qualidade de vida da população. Apesar da melhor classificação, as mudanças no nível de vida do brasileiro foram pequenas. Na saúde, a mortalidade infantil no Brasil caiu em relação ao relatório anterior publicado pela ONU. A cada mil crianças que nascem, 34 morrem. No ano passado, a ONU havia divulgado que as mortes somavam 36 a cada mil crianças. Mesmo assim, o desempenho brasileiro é pior que o da Tunísia, que apresenta 25 mortes por mil nascimentos. A expectativa de vida do brasileiro permaneceu praticamente inalterada desde o último relatório, indicando a média de 67,2 anos de vida para a população. Segundo a ONU, apenas 72% da população recebe atendimento médico adequado, enquanto na Colômbia, o serviço atinge 85% dos habitantes do país. As Nações Unidas ainda apontam que 10% da população brasileira sofre de má nutrição, e o governo gasta apenas US$ 453,00 por pessoa com saúde por ano. O volume é bastante inferior ao que a Noruega, por exemplo, que destina a cada um de seus habitantes quase US$ 2.500. Para piorar a situação, os recursos públicos para a saúde não têm aumentado. Em 1990, as políticas de saúde do País consumiam 3% do PIB. No final da década, apenas 2,9% do PIB eram gastos no setor. Na Hungria, apesar da diferença do tamanho do PIB em relação ao brasileiro, a proporção foi de 5,2% investidos na saúde. Na educação a situação não é muito diferente. Nos últimos dez anos, a proporção do PIB destinada para o setor passou de 4,7% para 5,1%, e 15% da população adulta ainda é analfabeta. Desde a publicação do relatório da ONU no ano passado, foi constatada a melhora no índice de matrículas escolares, com 84% da população em idade escolar matriculada. Em 97, o índice era de 80%. A concentração de renda continua alta e representa um dos principais obstáculos para o desenvolvimento social do País. Enquanto 9% dos brasileiros vivem com menos de US$ 1 por dia, 46,7% da renda está concentrada nas mãos dos 10% da população. Os dados deixam claro as dificuldade do País em transformar prosperidade econômica em melhores condições de vida.

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