PUBLICIDADE

Brasil prende um dos maiores traficantes do mundo

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Um dos maiores traficantes de cocaína da Colômbia, Juan Carlos Ramírez-Abadía, foi preso na manhã desta terça-feira em um condomínio fechado no município de Aldeia da Serra, em São Paulo, informou a Polícia Federal. Conhecido como "Chupeta", Abadía era um dos traficantes mais procurados do mundo pela agência antidrogas dos Estados Unidos, que oferecia recompensa de até 5 milhões de dólares por informações que levassem à sua captura. De acordo com um porta-voz da PF em Brasília, um pedido de extradição dos EUA já está sendo processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) brasileira e, se aprovado, levará à transferência do traficante diretamente para o país. "Ele tinha feito muitas cirurgias plásticas para esconder-se melhor. A mensagem importante é que por mais poderosos e ricos que sejam, caem", disse em Bogotá o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos. Ele afirmou também que a agência antidrogas dos EUA, a DEA, participou da operação de captura no Brasil. Abadía foi detido pela polícia durante uma ação batizada de Farrapos, deflagrada em seis Estados para desmontar uma organização internacional de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo comunicado da PF, a ação em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul revelou "esquema criminoso em que traficantes colombianos transportavam grande quantidade de entorpecente para a Europa e EUA, cujo lucro retornava ao Brasil, saindo da Espanha e do México, transitando ainda pelo Uruguai". Ainda de acordo com a polícia, a organização lavava dinheiro por meio de "investimentos no ramo imobiliário (hotéis e mansões), industrial e na aquisição de veículos". Abadía, 44, é chefe do cartel do Vale do Norte e suspeito de ser mandante de centenas de homicídios na Colômbia e nos EUA, segundo a PF. Descrevendo-o como "extremamente violento", o Departamento de Estado norte-americano estima que sua fortuna possa chegar a 1,8 bilhão de dólares, mas poderia estar endividado com diversos traficantes. O ministro colombiano afirmou que Abadía era dono de esconderijos que foram descobertos no começo deste ano em casas e apartamentos na cidade de Cali, onde foram encontrados mais de 80 milhões de dólares em espécie. Segundo as autoridades colombianas, Abadía se entregou em meados da década de 1990 e, depois de confessar os crimes e cumprir cinco anos de prisão, recuperou a liberdade e voltou ao mundo do tráfico de drogas. (Por Carolina Schwartz; reportagem adicional de Raymond Colitt, em Brasília, e Luis Jaime Acosta, em Bogotá)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.