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Brasil não pode ficar entre as quatro maiores taxas de juros do planeta, diz Ciro Gomes

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, afirmou que há indicadores econômicos que mostram o acerto do presidente Lula na condução da política econômica. "O câmbio chegou a menos de R$3,00 e a inflação cedeu. Estamos abrindo um caminho consistente e abrindo uma janela para a queda sustentada do juros e o início de um ciclo virtuoso", disse. "Antes de receber a visita é preciso o sacrifício da faxina", justificou o ministro, na palestra sobre "A proposta do novo governo para a região Centro-Oeste". Apesar de afirmar que há outras pessoas no governo responsáveis pela trajetória dos juros o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles - Ciro afirmou que não dá mais para o País estar entre as quatro maiores taxas de juros reais do planeta. Ele afirmou que a agenda do governo a partir de agora "se concentrará fortemente nas reformas constitucionais". Ele admitiu que que as reformas não farão milagres mas darão sustentabilidade às contas públicas. O ministro fez um relato da situação em que o atual governo recebeu as contas públicas. Segundo ele, o governo recebeu o País com uma dívida externa a ser paga este ano de US$ 62 bilhões e reservas de US$ 15 bilhões. "A consequência foi a falta de dólar no mercado, que levou a cotação a quase R$ 4,00 e a ameaça da volta da inflação", disse. "Esse foi o cenário que a sociedade celebrou a escolha do presidente Lula", avaliou. Proposta para Sudene Ciro Gomes afirmou que na segunda-feira apresentará ao presidente Lula uma proposta de reativação da antiga Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Segundo ele, o novo formato da instituição será "completamente blindado para as fragilidades éticas do passado". Ciro disse que a proposta do seu ministério prevê a criação da Sudene por projeto de lei, mas caberá ao presidente Lula decidir a melhor forma. O ministro informou que serão realizados seminários para discutir a proposta. O primeiro será na próxima quarta-feira, na Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp). Serão realizados seminários no Rio, em Belo Horizonte e nas capitais do nordeste. O último será em Recife no dia 13 de junho. A expectativa do ministério é entregar para o presidente a proposta definitiva no final de junho. O ministro fez uma palestra durante a 3ª Convenção Lojista do Centro-Oeste.

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