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Brasil e China terão novo satélite no espaço dia 21

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Por Agencia Estado
Atualização:

A China dá continuidade aos preparativos para o lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-2), previsto para ocorrer na terça-feira (21) no Centro de Lançamento Espacial de Taiyuan, cerca de 800 km a sudoeste de Beijing. O artefato será colocado em órbita entre 01h16 e 01h36h (horário de Brasília). Cerca de 13 minutos após a decolagem, o Cbers-2 estará no ponto adequado para entrar em órbita. A exemplo do Cbers-1, o segundo satélite será lançado pelo foguete Longa Marcha 4B, para dar continuidade às funções de sensoriamento remoto e coleta de dados. Antes de seguir para a China, o equipamento foi montado, integrado e testado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), o que garantiu aos técnicos brasileiros a aquisição de conhecimentos e informações únicas em satélites de grande porte. Em órbita a cerca de 800 km, o Cbers registra imagens e coleta dados ambientais que oferecem subsídios para estudos e resolução de problemas ligados às mais diversas áreas como agricultura, confecção de mapas geológicos, obtenção de dados oceanográficos, planejamento urbano e controle do desflorestamento da Amazônia. O satélite, segundo informações da Agência Brasil, é dotado de três câmeras: uma WFI "grande angular", com varredura de 890 km e 260 metros de resolução (menor unidade da imagem, a exemplo dos pixels), uma câmera CCD "teleobjetiva", com varredura de 120 km e 20 metros de resolução, e outra que registra imagens no infra-vermelho. Sua massa total é de 1.450 kg; acoplado ao módulo principal do satélite há os painéis solares de 6,3 m X 2,6 m. A câmera WFI é o instrumento mais adequado para observar fenômenos de larga escala (como exemplo, para observar a evolução de lavouras de grande porte ou reflorestamento para corte), dado que seu tempo de revisita (período para obter a imagem de um mesmo local) atinge cinco dias. Além de permitir aplicações específicas, essas imagens podem também ser utilizadas como primeira aproximação de alvos cujos detalhes poderão ser captados pela câmara CCD. O governo brasileiro assegurou a continuidade da parceria com a China em 2002, com um protocolo para a construção dos Cbers-3 e 4. Nessa nova fase, o país responderá por 50% das atividades relacionadas à cooperação, que nos Cbers-1 e 2 se restringirá a 30% . Entre os órgãos envolvidos no programa estão a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Inpe, e do lado hinês, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast).

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