Brasil e Bolívia vão assinar novo acordo energético

Acordo deverá incluir novos investimentos da Petrobras em território boliviano.

PUBLICIDADE

Por Marcia Carmo
Atualização:

Depois de mais de quatro horas de reunião, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, e o presidente da estatal boliviana YPFB, Guillermo Aruquipa, anunciaram nesta terça-feira, em La Paz, que Brasil e Bolívia vão assinar um "novo acordo energético" durante o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, marcado para o dia 12 de dezembro. Os três deram entrevista coletiva à imprensa, na sede da YPFB, como contaram assessores de Villegas e de Aruquipa por telefone. Este "novo acordo energético", limitaram-se a informar durante a entrevista, deverá incluir novos investimentos da empresa brasileira no território boliviano para exploração e exportação de energia, principalmente gás. "Estamos avaliando como ampliar estes investimentos", disse Gabrielli. "Chegaremos a conclusões importantes antes do encontro entre os dois presidentes", afirmou, referindo-se a Lula e a Morales, que se reunirão em La Paz. Segundo Gabrielli, haverá nova série de encontros entre representantes da Petrobras e do governo boliviano, entre os dias 26 e 30 de novembro, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra. O objetivo será definir os principais pontos deste que poderá ser um novo acordo entre a Petrobras e a YPFB na área energética. "Esta reunião de hoje não foi conclusiva", disse Villegas, na coletiva. "Mas reiteramos a boa relação que existe entre os dois países e nossa decisão de ampliar a produção de gás e outras matérias na Bolívia, não só visando o mercado brasileiro, mas a atenção interna e as exportações em geral", disse o ministro do governo Morales. Gabrielli desembarcou em La Paz num momento em que o Brasil enfrenta redução na oferta interna de energia e quando, segundo assessores do governo Morales, a Bolívia também precisa de investimentos para ampliar sua produção e resolver a falta do produto no próprio território. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.