PUBLICIDADE

Brasil e Argentina vão desenvolver reator nuclear

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Brasil e Argentina decidiram na sexta-feira desenvolver um reator nuclear para aliviar a demanda crescente de energia elétrica nos dois países. Planejam criar uma empresa binacional de enriquecimento de urânio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente argentina Cristina Kirchner assinaram uma extensa lista de acordos de cooperação, que inclui energia, defesa e obras de infra-estrutura. Uma comissão binacional será constituída para "desenvolver um modelo de reator nuclear de potência que atenda às necessidades dos sistemas elétricos de ambos o países e, eventualmente, da região", diz o texto do acordo. A comissão terá que elaborar um relatório sobre o assunto antes do fim de agosto de 2008 e definir um projeto comum na área do ciclo de combustível nuclear. Brasil e Argentina pretendem constituir uma empresa binacional de enriquecimento de urânio, cujas negociações começam nos próximos 120 dias. "É a ocasião de tomar decisões concretas (...) Vamos lançar um satélite conjunto, desenvolver projetos na área nuclear, melhorar nossa integração física, cooperar mais em energia, desenvolver projetos de defesa e construir um espaço regional integrado", disse Lula em seu discurso. Os dois países pertencem ao restrito grupo de nações que dominam a tecnologia de enriquecimento de urânio para produzir combustível nuclear. Os acordos firmados estabeleceram ainda que em agosto já estará funcionando o sistema para abandonar o uso do dólar no comércio bilateral e que começa este ano o processo para a construção da usina hidrelétrica Garabi, sobre o rio Uruguai. (Reportagem de César Illiano e Walter Bianchi)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.