Brasil deve crescer 3% em 2001, diz FHC

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Por Agencia Estado
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O presidente Fernando Henrique Cardoso previu hoje que a taxa de crescimento da economia em 2001 será de 3%. "Eu digo que chegaremos a 3% para promover um pouco mais de competição entre os brasileiros e dizer que um pouco mais dá sempre para fazer, mas seguramente a taxa de crescimento será acima de 2%. Sonhamos com 4,5%, talvez 5%, tínhamos condições para isso, mas não foi possível", afirmou o presidente, acrescentando que o sonho foi impedido pelas crises econômicas internas. "Mas é preciso assinalar que isso não abateu o ânimo do brasileiro. Entraremos 2002 de novo com confiança. É inútil imaginar que se vai crescer x ou y. O que não é inútil é a convicção de que vamos trabalhar com a mesma devoção desses anos todos para melhorar o Brasil, com erros da minha parte, da parte do governo - quem não erra? -, com acertos por parte da sociedade e, eventualmente, alguns acertos nossos. Mas sobretudo com esperança, fé, convicção e crença no Brasil." Fernando Henrique afirmou também que o recolhimento de Imposto de Renda no Brasil poderia ser maior. Sem se referir às atuais negociações em torno da proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), ele fez comentários sobre a arrecadação desse tributo. Lembrou que o governo recolhe por ano mais de R$ 20 bilhões de IRPF e disse que esse total, "infelizmente", não é maior "porque a renda é pequena e porque temos isenções". Segundo o presidente, apenas 4 milhões dos 170 milhões de brasileiros pagam Imposto de Renda. "Dos 4 milhões, apenas 117.000 declaram mais do que R$ 9.000,00 de salário por mês. Tudo o que se recolhe, os mais de 20 bilhões, vão diretamente para o bolso dos mais carentes. Ou seja, se tomam recursos dos mais ricos e dos menos pobres, que é o nosso caso, para entregá-los aos mais pobres, de uma forma transparente, sem nenhuma intermediação política. É assim que se recomeça a pagar a dívida social, que se começa a reconstruir um país digno para nossos filhos", disse. Ele não fez referências ao total de Imposto de Renda que o empresariado paga ou deixa de pagar.

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