Brasil deve aumentar gastos militares, diz Mangabeira

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Por Redação
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O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, defendeu na quarta-feira o aumento dos gastos militares para, entre outros motivos, reforçar a defesa da Amazônia e das reservas oceânicas de petróleo pré-sal. O governo está prestes a concluir um plano que transfere as prioridades de defesa das fronteiras do sul para o longo litoral (onde estão as novas reservas de petróleo), o espaço aéreo e a porosa fronteira amazônica (onde há risco de infiltração de traficantes e guerrilheiros). O novo plano estratégico de defesa vai orientar a compra de equipamentos militares nos próximos anos. "O Brasil atualmente gasta 1,5 por cento do seu produto interno bruto em defesa. Essa quantidade tem de crescer", disse Mangabeira Unger a jornalistas depois de um seminário ambiental em Brasília. O ministro disse que o plano estratégico, preparado por ele e por seu colega da Defesa, Nelson Jobim, deve ser divulgado nas próximas semanas. O Brasil atualmente negocia uma aliança estratégica com a França, o que incluiria a construção de um submarino nuclear no Brasil, e uma aproximação militar com a Rússia. O pais já decidiu adquirir 50 helicópteros Super Cougar sob um acordo com a Eurocopter, subsidiária da EADS. Em junho, a Força Aérea lançou uma licitação para a compra de pelo menos 36 caças, em substituição à envelhecida frota atual. Mangabeira Unger disse que o governo busca uma parceria com um aliado estrangeiro para desenvolver os aviões no Brasil, em vez de comprá-los prontos. (Reportagem de Raymond Colitt)

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