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Brasil dará internet grátis a índios, quilombolas e pescadores

Os computadores serão instalados em 150 aldeias indígenas em 13 Estados

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinaram nesta quinta-feira, 29, com a Associação de Cultura e Meio Ambiente um acordo de cooperação técnica para a instalação de computadores com serviço de internet em banda larga em 150 aldeias indígenas e outras comunidades, em 13 Estados. O acordo prevê a utilização do programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), que vem sendo desenvolvido pelo Ministério das Comunicações. Cada ponto terá infra-estrutura, com energia elétrica e cinco computadores com acesso à internet via satélite. O acordo de cooperação terá duração de dois anos, prorrogáveis por dois. O ministro Hélio Costa disse, durante a cerimônia, que o programa permitirá a "troca de identidades culturais". "É uma forma de abrir comunicações entre as comunidades indígenas, quilombos, quebradores de castanhas, pescadores ribeirinhos e o resto da sociedade", disse a ministra do Meio Ambiente. "Essas comunidades são os verdadeiros protetores das suas áreas", disse ela. Contribuir com a preservação do meio ambiente é um dos principais objetivos do programa. "A internet nos ajudou a trazer a polícia (quando houve desmatamento ilegal na reserva)", disse Benhi Piyanko, que vive numa reserva habitada por 500 índios ashaninka no Acre. "Conseguimos passar a mensagem bem amplamente, atingimos até o presidente", afirmou. Líderes indígenas apóiam o programa, mas temem que os computadores possam destruir as culturas dos mais de 200 povos nativos, disse Ailton Krenak, membro da Rede de Povos da Floresta. "Não gosto de computadores, mas também não gosto de aviões. O que se pode fazer?", questionou. Com Reuters

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