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Brasil conquista três leões no Festival de Cannes

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil conquistou ontem três leões - um de ouro e dois de bronze - na categoria filmes, a mais disputada do 50.º Festival Internacional de Publicidade de Cannes, que surgiu, em 1954, justamente para premiar comerciais veiculados nas telas do cinema - uma resposta dos exibidores ao crescimento da então estreante televisão. Com a premiação de ontem, o País sai de Cannes com uma coleção de 33 leões - 16 na categoria Press & Outdoor (impressos), 9 Cyber Lions (Internet), 1 Media Lion (Mídia) e 4 Lions Direct (Marketing Direto). O festival premia trabalhos divididos em cerca de 29 segmentos econômicos e sociais, a exemplo de bebidas alcoólicas, bancos, carros e serviços públicos. Os trabalhos de cada segmento são contemplados com os leões de ouro, prata e bronze. Por apenas 11 pontos, a agência Almap/BBDO não conquistou o prêmio de Agência do Ano 2003, que foi para a TBWA/Paris. Como trouxe apenas um filme na bagagem, a agência de Marcello Serpa perdeu a chance de repetir o feito de 2000. Premiados O leão de ouro conquistado pelo Brasil na categoria Film foi para o comercial da agência Neogama para os fogões GE/Dako. Mostra um porco que, depois de assado, abre a boca quando vê o fogão e deixa cair a maçã. Os dois leões de bronze foram para os filmes Goleiro, da DM9DDB, e Ventania, da F/Nazca. O primeiro é um comercial criado por Sergio Valente para a cola Super Bonder e mostra um goleiro que, depois de espalmar a bola e facilitar gols dos adversários, decide passar a cola nas luvas. Só que bate as palmas das mãos e elas se grudam na hora da cobrança de um pênalti. Já o filme da F/Nazca, de Fábio Fernandes, foi criado para os ventiladores Arno. Mostra uma plantação e uma casa e se ouve uma voz masculina, pedindo para a mulher que está em casa fechar as janelas. A ventania passa, ou seja, vinha do ventilador. O Grand Prix de Film foi para o comercial Luminária, criado para a loja de decoração americana Ikea pela agência Crispin Porter+Boguski, de Miami. O comercial recupera a linguagem do cinema, num clima noir, ao mostrar a relação de uma mulher com uma luminária. Ela a joga fora e, depois se arrepende ao vê-la na rua. Uma voz diz que luminária não tem sentimentos e ela acende a que comprou na Ikea. Preferido do público não vence Como sempre acontece nos festivais, os preferidos do público não necessariamente são os que o júri premia. Na bolsa de apostas, comercial criado pela americana Wieden+Kennedy para a Honda, mostrando as peças se encaixando até formar um carro, seria o vencedor.

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