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Brasil ajuda República Dominicana a combater a aids

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil concluiu nesta quinta-feira, em Genebra, um acordo com o governo da República Dominicana para o tratamento de cem pacientes contaminados pelo vírus da aids no país caribenho. Esse é o segundo acordo que o País assina apenas nesta semana com um governo estrangeiro para ajudar no tratamento da doença. Na terça-feira, Brasília concluiu um acordo com Burundi. No caso do tratado com a República Dominicana, o Brasil enviará recursos financeiros, assistência técnica e lotes de remédios genéricos que fazem parte do coquetel contra a aids. No total, o programa de ajuda custará US$ 100 mil (cerca de R$ 360 mil) para o Brasil e terá a duração de um ano. O lote de remédios conta com oito produtos genéricos, todos de fabricação nacional. A República Dominicana tem um dos piores índices de pessoas contaminadas pela aids nas Américas: 2,5% dos adultos são soropositivos, mas o país não tem recursos para campanhas de prevenção nem para o tratamento dos doentes. Além do acordo com país do Caribe e o Burundi, o Brasil já ajuda Paraguai, Colômbia e El Salvador. O próximo a ser beneficiado será a Namíbia. Outros, como a Guiana, Moçambique e Quênia, devem também concluir acordos com o País ainda neste ano. Quando todos os acordos forem concluídos, o Brasil estará tratando de mil estrangeiros em dez países diferentes. O gasto previsto é de US$ 1 milhão em um ano. A decisão do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de pedir ao Congresso a liberação de US$ 15 bilhões para colaborar na luta contra a aids em todo o mundo continuou a repercutir, ontem, na comunidade internacional. A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Gro Harlem Brundtland, divulgou nesta quinta-feira um comunicado em resposta à atitude de Bush, no qual diz que a OMS "dá as boas-vindas ao anúncio feito pelo presidente", já que "novos recursos são vitais para reduzir a pandemia global do HIV/aids". Segundo ela, estima-se que são necessários US$ 10 bilhões por ano para deter essa pandemia. "O anúncio é um exemplo encorajador do compromisso nacional e internacional no mais alto nível para combater a aids", afirmou. "Novos recursos de tal monta representam um desafio para construir infra-estrutura nos sistemas locais e nacionais de saúde de modo que possam ser capazes de responder às necessidades das pessoas - particularmente nas comunidades pobres afetadas pela pandemia", concluiu. Já o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, também por meio de um comunicado, felicitou Bush pela iniciativa. Ele manifestou sua esperança de que o Congresso "aceite o desafio do presidente" e que "esse exemplo estimule outros governos" a fazer o mesmo. "Freqüentemente, a falta de recursos tem impedido que os projetos alcancem o nível necessário para que se obtenha êxito", afirmou.

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