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Brasil ajuda em vacinação contra febre amarela no Mali

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Por Redação
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O Brasil está fornecendo vacinas contra a febre amarela para o Mali como parte da primeira campanha de vacinação em massa "sul-sul", afirmou na sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). Quase metade dos 12 milhões dos moradores desse país do oeste da África vai ser vacinada durante uma campanha de uma semana que começa no sábado, disse a OMS. A campanha contará com uma das maiores remessas de vacina entre países em desenvolvimento. O laboratório estatal Bio-Manguinhos (Fiocruz), com sede no Rio de Janeiro, responsabilizou-se por metade das doses a serem utilizadas. A maior parte dos fabricantes mundiais de vacina possui sede em países ricos tais como os EUA, a Grã-Bretanha e a França -- a empresa francesa Sanofi Pasteur está fornecendo a outra metade das vacinas a serem usadas na campanha. Adamou Yada, conselheiro regional da OMS para a vigilância e resposta a doenças transmissíveis, disse que as vacinas brasileiras ajudavam a diminuir a carência de imunizante contra febre amarela no mercado mundial depois de surtos recentes da doença na América Latina. "Hoje, estamos mais aptos a atender às demandas tanto por vacinas de emergência como por vacinas de rotina, e essa primeira remessa maciça de vacinas de um país em desenvolvimento para outro é uma prova disso", disse Yada, em um comunicado divulgado em Genebra. O Brasil viveu este ano um surto de febre amarela, com mortes 21 mortes pelo tipo silvestre. Considera-se que cerca de 610 milhões de habitantes da África estejam expostos ao risco de contrair febre amarela, uma doença infecciosa muitas vezes mortal transmitida por mosquitos e para a qual não há um tratamento específico. Devido à gravidade da doença e a seu potencial epidêmico, o surgimento de um único caso de febre amarela já é descrito como uma ameaça à saúde pública. Segundo a OMS, o risco de haver surtos de febre amarela no Mali "estará enormemente reduzido" depois da campanha de vacinação. A Aliança Global para Vacinações e Imunizações (Gavi), uma joint-venture que financia ações na área da saúde e que recebe apoio da Fundação Bill & Melinda Gates, gastou 58 milhões de dólares para ajudar a diminuir o risco de transmissão da febre amarela no oeste da África. O Togo e o Senegal já realizaram campanhas preventivas similares. (Reportagem de Laura MacInnis)

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