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Bradesco reconhece erro ao informar Coaf sobre suposto saque de Cerveró

Banco informou que houve 'típico erro humano' ao informar que ex-diretor teria sacado R$ 200 mil em espécie de conta de usina de etanol em MG

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Por Vinicius Neder
Atualização:

Rio -O Bradesco reconheceu um erro no envio de informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em 2011, indicando que o ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró teria sacado R$ 200 mil em espécie da conta de uma usina de etanol instalada em Paracatu, interior de Minas Gerais. O erro foi reconhecido pelo banco em petição juntada na última Sexta-feira, 23, a um dos processos que correm na Justiça Federal do Paraná, sob responsabilidade do juiz Sergio Moro, segundo informações da defesa de Cerveró.

Preso desde 14 de janeiro de 2015, o ex-diretor da Petrobrás foi condenado a 23 anos, 11 meses e 10 diasporcorrupção passiva e lavagem de dinheiro.A Procuradoria diz que, em conluio com o lobista Fernando Baiano (apontado como operador do PMDB), articulou o recebimento de US$ 30 milhões em propinas relativos à contratação de navios-sonda. Ex-diretor da área Internacional da Petrobrás entre 2003 e 2008, ele foi indicado pelo PMDB. Entre 2008 e março de 2014, Cerveró comandou a BR Distribuidora, subsidiária da estatal e participou do processo de compra da refinaria de Pasadena (EUA).Cerveró nega acusações e afirma desconhecer qualquer tipo de irregularidade na Petrobrás. Foto: André Dusek/Estadão

A informação sobre o saque de R$ 200 mil foi revelada há cerca de dez dias pelo jornal 'O Globo'. Segundo a petição, por "típico erro humano", o Bradesco informou erradamente a movimentação financeira ao Coaf. "As inconsistências de registro, segundo se apurou, decorreram de lançamento efetuados no dia 07/01/2011, no mesmo lote de processamento, tendo a funcionária que se encarregou dos lançamentos confundido a movimentação de duas empresas, clientes deste banco, que realizaram somente operações de transferências entre contas de mesma titularidade", diz a petição. Ainda segundo o documento enviado pelo Bradesco à Justiça, "verificado o equívoco, esta instituição financeira cancelou os registros efetuados anteriormente junto ao Coaf".

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