Boom imobiliário ajuda a redescobrir áreas do Rio, diz prefeito

Paes diz concordar que a expansão da cidade em seu território é negativa, mas afirma que avanço da cidade para a Barra da Tijuca, onde estará o parque Olímpico, 'salvou' a Zona Sul.

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Por BBC Brasil
Atualização:

A forte valorização imobiliária desde que o Rio ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016 é boa para a cidade e ajuda a valorizar áreas que estavam degradadas, como bairros do subúrbio e da Zona Norte, afirma o prefeito Eduardo Paes. "As pessoas começam a construir e a redescobrir esses lugares", afirmou Paes à BBC Brasil. O prefeito diz concordar que a expansão da cidade em seu território é negativa, como alertam urbanistas, e afirma que a prefeitura vem fazendo o esforço de "requalificar" áreas centrais que estavam abandonadas, citando o exemplo da zona portuária. "Está corretíssima essa crítica. Não há nada pior para a cidade do que crescer em seu território, é muito mais caro", afirmou o prefeito em entrevista. Questionado sobre se a construção do Parque Olímpico na Zona Oeste e a ampliação da rede de transporte público na região não poderia incentivar o crescimento da cidade naquela área, Paes disse acreditar que não. Ele defende o aumento da infraestrutura na Barra e afirma que o mercado imobiliário do bairro "salvou" a Zona Sul, trazendo opções de moradia para a classe média alta e reduzindo a pressão sobre os bairros da Zona Sul. Paes elogia o programa de segurança pública das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas cariocas, de responsabilidade do governo estadual, e afirma que o papel da prefeitura nesse contexto é ampliar a oferta de serviços municipais nas comunidades. "Em uma área onde o poder público não presta os serviços mais básicos, é óbvio que esses poderes paralelos... (se instalam)", afirma. Ao aumentar o atendimento de saúde ou a oferta de transporte público oficial, diz Paes, a prefeitura "não está permitindo que alguém vá lá e substitua o Estado." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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