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Bolsonaro visita Toffoli no hospital

O encontro se deu no mesmo momento em que apoiadores do presidente são alvo de operação da Polícia Federal, num inquérito que apura ataques a ministros da Corte

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Por Emilly Behnke
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro fez na manhã desta quarta-feira, 27, visita ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que está internado em um hospital em Brasília. O encontro se deu no mesmo momento em que apoiadores do presidente são alvo de operação da Polícia Federal, num inquérito que apura ataques a ministros da Corte.

As ações de busca e apreensão foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação aberta a pedido de Toffoli.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, no plenário da Corteem Brasília Foto: Gabriela Biló/Estadão

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O presidente do STF está internado desde o último sábado, quando passou por uma pequena cirurgia. O procedimento transcorreu sem problemas, mas depois o ministro apresentou sinais respiratórios que sugeriram infecção pelo novo coronavírus, por isso continuou internado em observação. Os primeiros exames deram resultado negativo para a covid-19.

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada por volta das 8h30 e dirigiu-se até o Hospital DF Star, da Rede D'Or, na Asa Sul, onde permaneceu por mais de meia hora. A visita não consta da agenda oficial do presidente para esta quarta-feira e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República confirma apenas que ele esteve no local. A visita a Toffoli foi confirmada pela assessoria do hospital.

Entre os alvos da operação desta quarta-feira estão estão o blogueiro Allan dos Santos, do site bolsonarista Terça Livre, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL) e o empresário Luciano Hang, este último suspeito de financiar ataques nas redes.

Ao todo, a operação de hoje cumpre 29 mandados de busca e apreensão. Além do Distrito Federal, a ação ocorre simultaneamente no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

Alexandre de Moraes ainda determinou que seis deputados federais e dois estaduais "bolsonaristas" sejam ouvidos em até dez dias no âmbito da investigação. Na lista estão parlamentares próximos do presidente, como Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).

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