Bolsonaro terá de ajustar discurso para atrair mais evangélicos, diz líder da Marcha Para Jesus

Apóstolo avalia que a 'força', o 'ódio' e 'algumas coisas mais extremistas' são ideias antagônicas aos valores cristãos

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Por Daniel Weterman
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Líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) terá de ajustar seu discurso para conquistar mais evangélicos, disse o apóstolo Estevam Hernandes, líder da Igreja Renascer e organizador da Marcha Para Jesus em São Paulo.

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"Alguns posicionamentos dele podem fazer com que realmente ganhe a simpatia dos evangélicos. Agora, existem outros que são antagônicos com os valores cristãos, como a força, talvez o ódio, algumas coisas mais extremistas", disse Hernandes ao Broadcast Político. Ainda assim, o líder acredita que atualmente o parlamentar carioca atrai boa parte do eleitorado cristão.

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Ainda segundo o apóstolo, nenhum dos presidenciáveis que se apresentou na disputa atende integralmente ao desejo dos evangélicos, em defesa de valores familiares e sociais.

Marcha para Jesus 2018, que teve início na Luz Foto: Gabriela Biló/Estadão

Nesta quinta-feira, Bolsonaro deve subir no palco do evento, além de Flávio Rocha (PRB), também pré-candidato ao Planalto, e João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo de São Paulo, que participaram da marcha na largada. De acordo com o apóstolo, o evento é aberto a todos os políticos e a instituição não se posiciona favorável a nenhum deles.

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Sobre o governo do presidente Michel Temer, Hernandes avalia que o emedebista terminará o mandato desgastado. "É um quadro muito difícil para ele e a gente sabe que a sustentação política vai ser eliminada constantemente."

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