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Bolsonaro silencia após novas denúncias sobre vacinas e publica vídeo pelo voto impresso

Enquanto isso, a CPI da Covid avança com as investigações das suspeitas de prevaricação do presidente em relação às denúncias de irregularidades na aquisição de vacinas

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Foto do author Gustavo Côrtes
Por Gustavo Côrtes
Atualização:

BRASÍLIA - Em meio à série de crises do governo, com acusações de corrupção na negociação de compra de vacinas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve o silêncio e optou por publicar, em sua conta no Twitter, um vídeo que explica o funcionamento do sistema de voto impresso. A pauta é defendida quase diariamente pelo chefe do Executivo. A animação, com 45 segundos de duração, ressalta que o mecanismo serviria apenas como redundância do voto eletrônico. "Em nenhum momento, você (eleitor) tem acesso à cédula impressa, que vai direto para a urna lacrada", informa.

A silhueta do presidenteJair Bolsonaro sobre umaimagem da bandeira do Brasil Foto: Dida Sampaio/Estadão

De acordo com o vídeo, a implementação do novo modelo permitiria a recontagem manual das cédulas e não tornaria a apuração dos votos mais lenta e permitiria a recontagem manual das cédulas. "Com o voto impresso auditável, as provas materiais da vontade soberana e conferida por cada eleitor podem ser contadas", diz a narração.

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Nesta quarta, o presidente cumpre agenda na cidade de Ponta Porã (MS), onde participa de cerimônia alusiva à modernização e ampliação da rede de radares de vigilância do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Enquanto isso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid avança com as investigações das suspeitas de prevaricação de Bolsonaro em relação às denúncias de irregularidades na aquisição de vacinas, entre outros possíveis crimes.

Nesta manhã, a comissão aprovou a convocação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), apontado como suspeito de participar das negociações do contrato da vacina indiana Covaxin. Os senadores também deram aval a convocação do ex-diretor Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias e de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply e afirmou ter recebido Ferreira Dias pedido de propina de US$ 1 para cada dose da vacina AstraZeneca adquirida pelo governo Bolsonaro, conforme disse ao jornal Folha de S. Paulo.

Após cobrança do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM) marcou para a próxima quinta-feira, 8, a oitiva de Barros. Na quarta-feira, 7, será a vez de Ferreira Dias. Já Luiz Pereira terá de comparecer à comissão nesta sexta-feira, 2.

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