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Bolsonaro pede ‘casamento’ entre meio ambiente e progresso

Presidente afirma, em transmissão no Facebook, que Estados como Roraima, Acre e Amapá estão ‘quase inviabilizados’ em razão de reservas indígenas

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Por Redação
Atualização:

Em transmissão no Facebook nesta quinta-feira, 6, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é necessário “fazer um casamento de meio ambiente e progresso”. Segundo ele, Estados como Roraima, Acre e Amapá estão “quase inviabilizados” em razão, por exemplo, de demarcações de reservas indígenas e quilombolas.

O presidente Jair Bolsonaro concede entrevista durante viagem na Argentina Foto: Marcos Corrêa/PR

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Ministros que o acompanharam na “live”– Tereza Cristina (Agricultura) e Paulo Guedes (Economia) – concordaram. Segundo Guedes, muitas vezes as leis atrapalham o crescimento. “É perfeitamente possível explorar economicamente preservando recursos naturais.”

Também participante, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse esperar que a licença para instalação do linhão do Tucuruí, em Roraima, saia no fim de julho e as obras comecem em agosto. 

No Senado, Salles é chamado de ‘fujão’

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi vaiado no Senado durante sessão para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em discurso, ele negou que a pasta esteja promovendo um “desmonte” em órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“A frase que tem sido dita, do desmonte, é absolutamente inverídica. Ao contrário, o desmonte foi herdado”, declarou o ministro, sendo vaiado por algumas pessoas que estavam no plenário. “Pode se manifestar à vontade”, reagiu Salles.

O ministro deixou o local antes do término da sessão para viajar ao Rio, onde faria uma palestra no Clube Militar. O líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que era uma “pena” que Salles estivesse saindo sem debater com ele. A plateia, enquanto Salles deixava o plenário, começou a soltar gritos de “fica!” e “fujão”. “A democracia é assim, cada um pode ter a reação que quiser”, declarou o ministro, na saída. /BÁRBARA NASCIMENTO e DANIEL WETERMAN

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