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Bolsonaro nega possibilidade de Onyx deixar o governo: 'Vai continuar conosco'

Presidente reconheceu que o governo vinha enfrentando dificuldades na articulação com o Congresso, mas disse que ministro sai fortalecido com coordenação do Plano de Parceria de Investimentos

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Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
Atualização:
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante coletiva sobre o acidente da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, em janeiro deste ano. Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro, negou nesta sexta, 21, durante entrevista coletiva à imprensa, a possibilidade de que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, deixar o governo. Onyx está tranquilo e vai continuar conosco, afirmou Bolsonaro, poucos dias depois de promover mudanças na articulação política.

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Bolsonaro decidiu tirar das mãos de Lorenzoni a articulação e passá-la ao general Luiz Eduardo Ramos, que ocupa a Secretaria de Governo. Em troca, Bolsonaro passou para Onyx a coordenação do Plano de Parceria de Investimentos (PPI), programa responsável pelas concessões de infraestrutura e por tocar privatizações.  O presidente também reconheceu que o governo vinha enfrentando dificuldades na articulação política com o Congresso. "Tínhamos problemas na articulação política, sim", afirmou. Apesar disso, Bolsonaro disse que Onyx sai fortalecido com o PPI. "Todo mundo joga junto aqui", acrescentou. O presidente brincou ainda que a Secretaria de Governo, a Secretaria Geral e a Casa Civil funcionam como "fusíveis", em que os titulares se queimam para "não queimar o presidente".

Aparelhamento

Durante a coletiva, Bolsonaro também voltou a afirmar que, ao assumir, pegou o governo aparelhado, "com pessoas com ideologia diferente de democracia e liberdade". De acordo com Bolsonaro, alguns ministros escolhidos por ele também "não adequaram a algumas questões".

Na manhã desta sexta, o Planalto informou a ida do major da Política Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Antonio de Oliveira Francisco para o cargo de ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Ele assume o cargo no lugar do general Floriano Peixoto, que teve a exoneração anunciada na quinta, 20. Floriano ocupará a presidência dos Correios no lugar do também general Juarez Cunha, criticado e demitido por Bolsonaro na semana passada.

A respeito das críticas feitas na imprensa pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido na semana passada da secretaria de governo, Bolsonaro afirmou que "não tem nada a falar contra Santos Cruz". De acordo com o presidente, "às vezes um excelente jogador de vôlei não dá certo no basquete".

À revista Época, Santos Cruz havia afirmado que a gestão de Bolsonaro é um "show de besteiras".

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O presidente afirmou ainda que busca cumprir, no governo, aquilo que prometeu durante a campanha. "Quando montamos o governo, por inexperiência nossa, demos funções que não deram certo", reconheceu Bolsonaro. Ele citou ainda que o conselho de políticos não deu certo, nasceu "natimorto".

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