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Bolsonaro faz enquete em rede social: 'Devo vetar o fundão e passar por impeachment ou sancionar?'

Presidente fala a seguidores após críticas por sinalizar que vai aprovar R$ 2 bilhões para custear campanhas eleitorais deste ano

Por Gregory Prudenciano
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro foi ao Facebook se explicar para apoiadores a respeito do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o "fundão eleitoral", cuja aprovação foi sinalizada pelo presidente na manhã desta quinta-feira, 2. 

A verba de R$ 2 bilhões é para custear a campanha municipal de 2020.

O presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Dida Sampaio / Estadão

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Na publicação, Bolsonaro explica, usando o artigo 85 da Constituição Federal, que um eventual veto ao fundo poderia fazê-lo incorrer em crime de responsabilidade, o que potencialmente acarretaria em um processo de impedimento.

"Pelo exposto você acha que devo VETAR o FEFEC, incorrer em crime de responsabilidade (quase certo processo de impeachment) ou SANCIONAR?", perguntou o presidente da República aos seus seguidores no fim da publicação.

A manifestação de Bolsonaro acontece depois de muitas críticas de bolsonaristas à sinalização do presidente de que o fundo deve ser sancionado. Nas redes sociais, celebridades que já foram apoiadoras de Bolsonaro, como o apresentador de TV Danilo Gentili, chamaram o presidente de "mentiroso".

Mesmo nos comentários da explicação de Bolsonaro no Facebook, apoiadores do presidente continuaram pressionando pelo veto. "É para VETAR o Fundão, sim. Apoiamos você para ir até as últimas consequências. Não fique no meio do caminho. Vai ficar para sempre refém do Congresso?", escreveu o usuário Eduardo Hwang, autor do comentário mais curtido em resposta ao post de Bolsonaro.

Outros apoiadores, no entanto, concordaram com a sanção ao fundo eleitoral, mas sugeriram ao presidente dar mais publicidade às explicações. "[O presidente] deveria ir à TV em horário nobre explicar tal situação. Assim seus eleitores e os outros entenderiam de uma vez por todas que nem sempre as leis são criadas para benefício do povo", escreveu outro usuário.

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