Bolsonaro diz que reajuste para PF pode ficar para 2023 se não houver entendimento entre categorias

Bolsonaro sempre deixou evidente que reserva de recursos de R$ 2 bilhões para aumento aos servidores, incluído no Orçamento deste ano, seria destinado a reajuste para policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários

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Por Bruno Luiz
Atualização:

Salvador - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 11, que só haverá reajuste salarial para policiais federais neste ano se outras categorias de servidores que também reivindicam aumento abrirem mão do pleito.

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“Se houver entendimento por parte dos demais servidores, alguns ameaçam greve, a gente pretende conceder essa recomposição aos policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários. Se não houver entendimento, a gente lamenta e deixa para o ano que vem”, disse o presidente em entrevista à TV Brasil, ao justificar que a pandemia de Covid-19 deixou o governo federal sem recursos para estender o benefício aos demais integrantes do funcionalismo público.

Aprovado no final do ano passado pelo Congresso, o Orçamento deste ano incluiu na versão final uma reserva de recursos de R$ 2 bilhões para aumento aos servidores. Apesar de a verba não ser carimbada a nenhuma categoria em específico, Bolsonaro sempre deixou evidente, como fez na entrevista de hoje, que o valor seria destinado a reajuste para policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários.

Jair Bolsonaro (PL) afirmou que reajuste para policiais federais pode ficar para 2023 se não houver entendimento entre categorias de servidores. Foto: Adriano Machado/Reuters

A seletividade gerou um efeito cascata em outras categorias, que também reivindicam correção de seus salários. Uma greve geral de funcionários não é descartada. O presidente também comentou a formalização do convite para que o Brasil inicie o processo de entrada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“O mercado acredita na gente, nossa política externa é muito boa. A entrada na OCDE é um carimbo de bom companheiro para negócios com o Brasil. Esse noivado vai demorar, em média, 4 anos. Em 2024, 25, devemos ter concretizada essa entrada na OCDE”, comemorou. 

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