PUBLICIDADE

Bolsonaro diz que deve sancionar fundo eleitoral por recomendação jurídica

Em transmissão de vídeo nas redes sociais, presidente afirma que eventual veto poderia desencadear processo de impeachment

Por Emilly Behnke
Atualização:

BRASÍLIA – Em transmissão nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que deverá sancionar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, mesmo, segundo ele, discordando da concessão dos recursos. “A minha opinião é que não tem que ter dinheiro para fundo eleitoral para ninguém”, declarou. 

O presidente Jair Bolsonaro durante comemoração de Natalno Palácio do Planaltonesta quinta, 19 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

PUBLICIDADE

O presidente, contudo, lembrou que o fundo eleitoral está previsto na Constituição Federal e se disse um “escravo da lei”. “O Congresso pode entender que, se eu vetei, atentei contra dispositivo constitucional e começar um processo de impeachment contra mim”, disse. 

Segundo o presidente, ele aguarda o parecer final de sua assessoria jurídica para decidir se vetará ou não a proposta. “O parecer preliminar é que eu tenho que sancionar”, afirmou. 

Sobre o valor do fundo, o presidente observou que vem sofrendo críticas e esclareceu que a sugestão do valor passar de R$ 3,8 bilhões para R$ 2 bilhões não foi sua. “Tinha um valor que foi fixado lá atrás e depois passou-se a ser acrescido de 30% do valor das emendas impositivas de bancada. No ano passado, foi colocado em votação para passar de 30% para 100%”, argumentou. 

O presidente rebateu ainda críticas do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que, segundo o presidente, é contrário ao fundo, mas votou de forma favorável para que os recursos passassem de 30% para 100% do valor das emendas. “Completamente incoerente”, observou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.