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Bolsonaro diz que comando do Exército 'marcou a história' em 2016, ano do impeachment de Dilma

Em cerimônia pelo Dia do Exército, presidente não deixou claro a que episódio se referia e afirmou que as Forças Armadas 'sabem o que é melhor' para o Brasil

Foto do author Eduardo Gayer
Por Eduardo Gayer
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira,19, que o comando do Exército marcou a história do Brasil em 2016, ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele não explicou exatamente a que episódio se referia. Mas à época, o então vice-presidente Michel Temer (MDB) chegou a procurar o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, antes de assumir o governo com a cassação da petista.

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Villas Bôas foi um comandante do Exército com bastante trânsito no mundo político e ganhou holofotes ao fazer um tuíte, em 2018, interpretado como ameaça velada ao STF na véspera de julgamento de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Corte. "Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais", publicou o general à época. 

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Críticas ao sistema eleitoral

Bolsonaro ainda aproveitou o discurso para voltar a colocar em dúvida, e sem apresentar provas, a lisura do sistema eleitoral brasileiro, mas disse ter certeza de que a votação vai cumprir “seu ritmo normal”. “Não podemos jamais ter eleições no Brasil que sobre elas pairem o manto da suspeição. Esse compromisso é de todos nós, presidentes dos Poderes e comandantes de Forças”, discursou. “A alma da democracia repousa na tranquilidade e na transparência do sistema eleitoral.”

Em seguida, Bolsonaro cumprimentou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter convidado as Forças Armadas a acompanharem o processo eleitoral junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente costuma criticar o magistrado.

O presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto. Foto: Evaristo Sá/AFP - 18/4/2022
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