BRASÍLIA - Em lançamento de um programa de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para hospitais filantrópicos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 13, que o banco foi usado de forma política por outros governos, e que, na "nova política", não há intermediários entre ele e seus ministros.
"Dado um órgão ser usado politicamente por governo que não tinha qualquer compromisso com a coisa pública e com a vida. Então a nova política, onde eu converso com Paulo Guedes, ele conversa com Joaquim Levy, e não tem intermediário entre nós", disse Bolsonaro, acrescentando que, dessa forma, ele passa "a ser responsável pelo que acontece no Brasil"
Ao falar sobre melhorias para o País, o presidente afirmou que a reforma da Previdência é um caminho que precisa "ser trilhado" e que não há "outra alternativa". "Passamos agora pela questão da Previdência. É um caminho que temos de trilhar e passar por ele, não temos outra alternativa na verdade", disse o chefe do Executivo.
"A gente quer que desidrate o menos possível, queremos aprovar a reforma da previdência. O que o parlamento fizer, nós obviamente acataremos e é sinal que eles descobriram que têm coisas que podem ser alteradas e vamos aceitar", respondeu Bolsonaro à imprensa mais tarde.
Bolsonaro comentou que gostaria que o sistema de capitalização fosse mantido e que o governo irá atuar nesse sentido, e disse também parecer ser uma "tendência" que Estados e municípios fiquem de fora do texto. Sobre essa questão, o presidente avaliou que, se esse for o "sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles".
"E a economia que o Paulo Guedes fala é no tocante ao federal. Nos Estados, eles sabem onde o calo aperta, e os municípios também. E a maioria está com problemas, vão ter que fazer uma reforma, poderiam somar-se à nossa, mas parece que não querem. Se esse é o sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles", comentou o presidente.
Foi ao falar sobre o sistema de capitalização que Bolsonaro considerou que o governo "não é dono das leis". "Capitalização é outra coisa, nós apresentamos a nossa proposta. Nós não somos os donos da leis. Mesmo Medida Provisória, que tem efeito imediato. depois de algum tempo ela pode ser alterada e ser rejeitada. Gostaríamos que fosse mantida a capitalização e vamos lutar nesse sentido", disse.
Durante o discurso, Bolsonaro também agradeceu aos parlamentares pela aprovação do crédito extra pelo Congresso Nacional, e afirmou que os parlamentares podem contar com o governo. "Agradeço a Deus também pela equipe de ministros, onde, meus amigos parlamentares, todos se falam, e todos de coração aberto para buscar soluções pelo nosso Brasil, vocês contem com eles e nós contamos com vocês e juntos vamos escrever uma nova história", afirmou.