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Bolsonaro diz que, com nova política, não há intermediários em seu governo

Em lançamento de programa no BNDES, presidente afirmou que banco tinha sido usado de maneira política

Foto do author Amanda Pupo
Por Amanda Pupo (Broadcast) e Fabricio Castro
Atualização:

BRASÍLIA - Em lançamento de um programa de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para hospitais filantrópicos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 13, que o banco foi usado de forma política por outros governos, e que, na "nova política", não há intermediários entre ele e seus ministros.

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"Dado um órgão ser usado politicamente por governo que não tinha qualquer compromisso com a coisa pública e com a vida. Então a nova política, onde eu converso com Paulo Guedes, ele conversa com Joaquim Levy, e não tem intermediário entre nós", disse Bolsonaro, acrescentando que, dessa forma, ele passa "a ser responsável pelo que acontece no Brasil"

Ao falar sobre melhorias para o País, o presidente afirmou que a reforma da Previdência é um caminho que precisa "ser trilhado" e que não há "outra alternativa". "Passamos agora pela questão da Previdência. É um caminho que temos de trilhar e passar por ele, não temos outra alternativa na verdade", disse o chefe do Executivo. 

"A gente quer que desidrate o menos possível, queremos aprovar a reforma da previdência. O que o parlamento fizer, nós obviamente acataremos e é sinal que eles descobriram que têm coisas que podem ser alteradas e vamos aceitar", respondeu Bolsonaro à imprensa mais tarde. 

Bolsonaro comentou que gostaria que o sistema de capitalização fosse mantido e que o governo irá atuar nesse sentido, e disse também parecer ser uma "tendência" que Estados e municípios fiquem de fora do texto. Sobre essa questão, o presidente avaliou que, se esse for o "sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles". 

"E a economia que o Paulo Guedes fala é no tocante ao federal. Nos Estados, eles sabem onde o calo aperta, e os municípios também. E a maioria está com problemas, vão ter que fazer uma reforma, poderiam somar-se à nossa, mas parece que não querem. Se esse é o sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles", comentou o presidente. 

Foi ao falar sobre o sistema de capitalização que Bolsonaro considerou que o governo "não é dono das leis". "Capitalização é outra coisa, nós apresentamos a nossa proposta. Nós não somos os donos da leis. Mesmo Medida Provisória, que tem efeito imediato. depois de algum tempo ela pode ser alterada e ser rejeitada. Gostaríamos que fosse mantida a capitalização e vamos lutar nesse sentido", disse.

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O presidente Jair Bolsonaro em evento Foto: Marcos Correa/Presidência da República - 16/5/2019

Durante o discurso, Bolsonaro também agradeceu aos parlamentares pela aprovação do crédito extra pelo Congresso Nacional, e afirmou que os parlamentares podem contar com o governo. "Agradeço a Deus também pela equipe de ministros, onde, meus amigos parlamentares, todos se falam, e todos de coração aberto para buscar soluções pelo nosso Brasil, vocês contem com eles e nós contamos com vocês e juntos vamos escrever uma nova história", afirmou. 

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