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Bolsonaro e Damares celebram veto a indenização a Dilma

Comissão de Anistia negou pedidos da ex-presidente petista e do deputado Ivan Valente (PSOL)

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Por Eduardo Gayer
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com ironia à notícia de que a Comissão de Anistia negou os pedidos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do deputado federal Ivan Valente (PSOL) por indenizações. Os dois políticos pediram reparação pelo período em que foram presos e torturados durante a ditadura militar, regime do qual Bolsonaro é apoiador.

Dilma pedia indenização de R$ 10,7 mil, mas o entendimento da comissão foi de que a petista já teve a anistia reconhecida anteriormente pelo governo do Rio Grande do Sul. 

Damares e Bolsonaro celebram veto da Comissão de Anistia a indenização a Dilma. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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"Dilma Rousseff, perdeu! Quem sabe lá na frente, quando algum esquerdista voltar ao poder, espero que não aconteça, você receba", disse o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais na quinta-feira, 28. "Ivan Valente gosta de uma grana. Tentou pegar mais uma graninha do Estado com as barbaridades que fez no passado", acrescentou, sem citar a tortura à qual Dilma e Valente foram submetidos.

Bolsonaro ainda afirmou que vai divulgar quanto os anistiados após a ditadura recebem de pensão do Estado brasileiro. 

Ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves parabenizou, no Twitter, a Comissão de Anistia pela negativa de indenizações. "Parabéns por trabalharem pautados na lei", afirmou. 

Transferida do Ministério da Justiça para o da Mulher, Família e Direitos Humanos, a comissão, que foi criada em 2002, mudou de perfil sob comando de Damares e endureceu os critérios. No primeiro ano do governo Bolsonaro, por exemplo, a comissão indeferiu 85% dos 2.717 pedidos de indenização, reconhecendo apenas 388 deles.

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