
29 de outubro de 2010 | 10h25
O norte de Minas é o berço do voto "Dilmasia", movimento que ganhou força ao longo da campanha do primeiro turno em favor da reeleição do tucano Anastasia e da candidata petista para presidente. A dificuldade que se impõe ao trio tucano para desmontar a preferência por Dilma no segundo turno é grande porque o confronto real na região não é entre Dilma e Serra.
"O Aécio está trabalhando muito e o governador Anastasia também tem se esforçado, mas não há prestígio popular e força política que façam frente ao dinheiro dos programas sociais diretamente no bolso do eleitor", diz o deputado Arlen Santiago (PTB-MG), convencido de que o maior cabo eleitoral de Dilma junto à população mais carente é o Bolsa-Família. Aliado de Aécio e eleitor de Serra, Arlen fala com a autoridade de quem ostenta o título de parlamentar estadual mais votado no norte de Minas.
"O maior adversário do Serra no norte de Minas e Vale do Jequitinhonha é o Bolsa-Família", reforça José Nilson (PDT), prefeito de Padre Carvalho. O prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite, do PMDB, não contesta a tese de que a briga eleitoral na região é um cabo de guerra entre a força política de Aécio e sua capacidade de transferir votos e o Bolsa-Família, que seduz os admiradores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Leite admite que Aécio e Anastasia estão fazendo um trabalho forte e viraram votos, sem, contudo, ameaçar a supremacia de Dilma na região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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