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Biscaia fica inconformado com absolvição dos 3 senadores

Para o presidente da CPI dos Sanguessugas, a responsabilidade das emendas parlamentares é do próprio parlamentar e, por isso, disse discordar da decisão

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da CPI dos Sanguessugas, que investiga a máfia das ambulâncias, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), criticou nesta quarta-feira a decisão do Conselho de Ética do Senado de inocentar três senadores citados nas investigações: Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-SC) e Magno Malta (PL-ES). Na visão de Biscaia, a responsabilidade das emendas parlamentares é do próprio parlamentar e, por isso, disse discordar da decisão do conselho. "Diante da decisão de terça, decidi não apresentar nenhuma emenda individual ao orçamento", anunciou. A crítica do presidente da CPI incomodou o senador Wellington Salgado, líder do PMDB, que apresentou um voto em separado contra a cassação de Suassuna, recomendando apenas censura verbal. "Essa foi uma intervenção inoportuna", disse Salgado, demonstrando certa irritação. Biscaia reafirmou sua posição e evitou a polêmica, passando a palavra ao deputado Raul Jungmann (PPS). Antes de fazer seus questionamentos ao ministro Paulo Bernardo, que participa de audiência na CPI, Jungmann deu apoio à posição de Biscaia. O relatório do senador Jefferson Perez (PDT-AM) que pedia a cassação do mandato do peemedebista foi derrubado. Na Câmara, os parlamentares denunciados pela CPI dos Sanguessugas por envolvimento com a máfia das ambulâncias também deverão escapar de serem punidos com a perda do mandato. Câmara Dos 69 deputados investigados por suposta participação na máfia das ambulâncias, dois renunciaram ao mandato e apenas cinco foram reeleitos. Ou seja: os processos abertos no Conselho de Ética contra 60 deputados serão arquivados. E há dúvidas ainda se os processos contra os cinco reeleitos poderão continuar tramitando no ano que vem, uma vez que em 1º de fevereiro de 2007 tem início uma nova legislatura. Dos três senadores, apenas Ney Suassuna tentou um novo mandato de senador e acabou derrotado nas urnas. Evitando polemizar com seus colegas de Senado, o relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), não quis comentar a decisão do Conselho de Ética de inocentar os três senadores supostamente envolvidos com a máfia das ambulâncias. "Cada um com sua contribuição. A CPI fez sua parte; cumpriu o seu papel", disse Lando, ao reafirmar que pretende apresentar o relatório final com as conclusões das investigações da comissão no dia 15 de dezembro. Este texto foi ampliado às 19h32

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