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Berzoini se aproxima de Lula para garantir volta ao PT

Ele deixou a presidência do partido para não prejudicar Lula. Agora quer voltar

Por Agencia Estado
Atualização:

Disposto a reassumir a presidência do PT, cargo que deixou em setembro para não prejudicar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado Ricardo Berzoini, na primeira reunião formal da bancada do partido realizada nesta quinta-feira, fez questão de destacar que está novamente próximo de Lula. Ele fez questão de contar que reuniu-se com o presidente nesta quinta-feira para falar sobre o futuro do País. "Estive com o presidente Lula hoje. Foi uma conversa positiva. O presidente entende que o PT continua sua jornada. Discutimos o futuro do Brasil e do governo. Senti que o presidente tem confiança de construir um governo com base ampla e com participação popular e democrática", afirmou Berzoini. Apontado por próprios colegas de partido como o chefe dos "aloprados", denominação do presidente Lula ao grupo de petistas que tentou comprar um dossiê contra tucanos às vésperas do primeiro turno eleitoral, Berzoini já deixou claro que pretende voltar à presidência do partido. Contudo, depois das eleições, petistas defendem uma mudança na cúpula partidária e há muita resistência na bancada e no próprio PT em aceitar a volta de Berzoini, cujo mandato vai até 2008. Mensaleiros A primeira reunião formal da bancada do PT atual e a que foi eleita em outubro, nesta quarta-feira, marcou o encontro de deputados que tiveram seus nomes envolvidos em escândalos antigos e outros mais recentes, como Berzoini. Do grupo dos acusados no escândalo do mensalão estavam os deputados Paulo Rocha (PA), que renunciou ao mandato para fugir do processo de cassação e foi reeleito, João Paulo Cunha (SP), José Mentor e Professor Luizinho (SP), que ao contrário dos outros não se reelegeu. O deputado eleito José Nobre Guimarães (PT-CE), cujo assessor foi preso transportando dólares na cueca, estava presente. O irmão de Guimarães, no entanto, deputado eleito José Genoino (PT-SP), que presidia o PT quando estourou o escândalo do mensalão, não compareceu. Também se ausentou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP), que já chegou a ter prisão preventiva pedida pelo Ministério Público de São Paulo acusado por supostamente ter favorecido empresa de lixo quando era prefeito de Ribeirão Preto (2001-2002). Envolvido em escândalo mais antigo, estava presente o deputado eleito Geraldo Magela (PT-DF). Em 2004, o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz afirmou ter repassado R$ 100 mil à campanha de Magela em 2002, quando o petista disputou o governo do Distrito Federal. O dinheiro seria supostamente do empresário de jogos Carlinhos Cachoeira. Magela sempre negou que sua campanha tivesse recebido dinheiro de Diniz.

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