O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, saiu nesta sexta-feira, 4, em defesa de seu chefe de gabinete, o dirigente partidário Francisco Rocha da Silva, o Rochinha, um dos petistas citados no escândalo da máfia dos sanguessugas. Berzoini negou qualquer intenção de demitir o colega de partido, alegando que não pode se guiar por reportagens veiculadas pela imprensa. "Se eu pautar meus relacionamentos pelo que os jornais publicam, vou ter que mudar minha equipe a cada dois dias", argumentou. Berzoini também defendeu os demais petistas citados nas denúncias. Para ele, até agora não existem elementos suficientes para condenar o próprio Rochinha, o ex-presidente do PT do Ceará, José Aírton Cirilo, e os governadores do Piauí, Wellington Dias, e do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT. Em relação ao caso dos governadores, o presidente do PT caracterizou as denúncias como "absolutamente infundadas, sem qualquer prova". Já sobre o caso de Cirilo, Berzoini disse ter conversado com o deputado Paulo Rubem Santiago, que afirmou, na última quinta-feira, que já existem provas suficientes contra ele, e recomendou a abertura de um processo disciplinar para avaliar sua conduta. Berzoini disse não ter se convencido com a conversa de Santiago: "Se tiver provas, ele tem obrigação de trazê-las imediatamente ao partido". Berzoini se encontrou na quinta-feira, em Brasília, com Cirilo, e disse que ele se dispôs a abrir seu sigilo bancário, fiscal e patrimonial ao PT. "Até o momento em que tiver qualquer prova em relação a qualquer integrante do PT, não haverá nenhum procedimento açodado do partido", disse Berzoini. Porém, Berzoini defendeu a apuração das denúncias."Havendo provas obviamente consistentes, indícios robustos de envolvimento de qualquer integrante, de qualquer partido, eu creio que os partidos devem agir com firmeza", disse.