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Berzoini diz que não pretende alterar texto da Previdência

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, afirmou que o governo não pretende alterar no Congresso o texto da reforma da Previdência que foi aprovado na comissão especial da Câmara. "O Poder Legislativo tem soberania para tomar suas decisões. Mas o governo entende que essa proposta é razoável, é uma proposta boa para enfrentar a questão previdenciária no País." Berzoini disse ainda ter a convicção de que a reforma previdenciária será concluída ainda este ano. Na avaliação dele, o governo poderá, inclusive, aprovar ainda no final de 2003 as leis ordinárias da Previdência. Ele lembrou que até agora todos os prazos previstos pelo governo em relação à reforma foram cumpridos. O ministro participa na tarde desta sexta-feira do seminário "Reforma da Previdência", promovido pelo PT paulista em um hotel na região central da cidade. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, que também participa do evento, afirmou que é preciso "encontrar um meio termo" entre o que pretende o governo e o que desejam os servidores em relação à reforma previdenciária. Enquanto Marinho e Berzoini participam do seminário, do lado de fora do hotel servidores ligados à Central protestam contra a realização da reforma. Mudar no plenário Questionado se estava do lado dos que estavam dentro ou fora do hotel, o sindicalista respondeu: "Estou com o pessoal que está lá fora e com o que está aqui dentro?, disse. Marinho afirmou que há divergência em relação ao tema. "Uma parcela grande (dos servidores) quer a retirada da reforma do Congresso, mas essa não é a opinião da Central", reiterou. O sindicalista afirmou que a CUT entende que a reforma tem de ser realizada. "Mas não a atual, da maneira como a reforma foi aprovada até aqui", comentou. Em entrevista coletiva ao lado de Berzoini, Marinho disse estar confiante na possibilidade de o projeto vir a ser alterado no Congresso. "Eu trabalho com a convicção de que vamos mudar no plenário o que foi aprovado até aqui", afirmou, acrescentando que a entidade vai trabalhar junto aos governos estaduais, lideranças do Congresso e partidárias na tentativa de alterar pontos da proposta.

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