Berzoini defende unificação do ICMS no comércio do álcool

Deputado disse que agora é a hora de brigar pela redução tarifária dos EUA

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Por Agencia Estado
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O presidente do PT, Ricardo Berzoini, defendeu nesta terça-feira, durante o seminário Inteligência Estratégica para o Álcool Brasileiro, organizado pela Feicana, em Araçatuba, a unificação do ICMS na comercialização do álcool combustível. "A guerra fiscal não é positiva para ninguém", afirmou. Berzoini também disse que o governo deve aproveitar este momento para brigar pela redução das tarifas de importação dos Estados Unidos. "Sempre conversei muito com o presidente Lula sobre biocombustíveis, que na minha visão é um produto estratégico para o País, especialmente na geração de empregos". Deputado comentou que o Brasil tem grande vantagens competitivas no setor sucroalcooleiro. "Em tempos de discussões sobre abastecimento com combustíveis renováveis, aquecimento global e biodiesel, o setor nacional tem vantagens competitivas, inclusive em termos de geração de emprego e demanda interna pelo produto". "No mercado interno, 95% dos postos têm bomba de álcool, o que não ocorre em outros países", comentou. Ele ressaltou, ainda, que as pesquisas nas universidades colocam o Brasil na primeira linha entre os países que estudam o etanol. Berzoini considerou irracional o fato de os EUA manterem posição protecionista em relação à importação de álcool. Presidente do PT disse que, apesar do potencial de crescimento da cultura de cana-de-açúcar no País, há preocupação com a questão ambiental. "Medidas de precaução devem ser tomadas, garantindo a sustentabilidade da cultura ao longo do tempo, sem exaurir os meios produtivos", concluiu. Também participou do seminário o deputado federal Jorge Faria Maluly (PFL-SP). Ministério Berzoini negou-se a dar detalhes sobre a reforma ministerial, durante evento nesta terça-feira em Araçatuba (SP). Ele disse que "o assunto vem sendo discutido dentro do governo e no partido, mas a questão não será levada a público, por enquanto". Berzoini desconversou quando indagado sobre nomes para o novo ministério do segundo mandato do presidente Lula. "Vamos voltar a falar de cana", disse ele, que participa da abertura da Feicana-Feibio 2007, evento sobre novidades tecnológicas para os setores sucroalcooleiro e de agroenergia.

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