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Berzoini contradiz Dirceu sobre teto de aposentadoria

O ministro da Previdência descartou a possibilidade de o teto passar de R$ 2,4 mil para R$ 2,7, enquanto o ministro chefe da Casa Civil afirmou que o assunto será decidido pelo presidente Lula

Por Agencia Estado
Atualização:

include "$DOCUMENT_ROOT/ext/eleicoes2002/governolula/ticker.inc"; ?> O ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, afirmou que a integralidade e a paridade nas aposentadorias dos atuais servidores e a alteração no cálculo da pensão são os pontos possíveis de avançar na reforma da Previdência. Ele disse que o governo concorda com a proposta de garantir a integralidade da pensão até R$ 2,4 mil e acima disso acrescentar 50% do valor do benefício. Berzoini descartou a possibilidade de aumento do teto de benefício de R$ 2,4 mil para R$ 2,7 mil, argumentando que o valor fixado na proposta original atende 93% da população. Pouco antes, o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, havia afirmado que a palavra final sobre este assunto será dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se esse valor aumentasse R$ 2,7 mil atenderia mais 4% a 5% que representam o segmento da população que pode recorrer à previdência privada?, afirmou, após a reunião da bancada do PT na Câmara. Berzoini disse que não há problema para o governo federal a manutenção da paridade para os atuais servidores, mas quer entendimento com os governadores. "Só nos manifestaremos sobre isso depois do retorno das consultas que estão sendo feitas aos governadores", disse. Sobre a questão dos subtetos nos Estados, o ministro afirmou que o governo está ouvindo opiniões. "Acreditamos que a proposta interfere na questão dos salários dos desembargadores, que em muitos estados superam o teto. Neste caso, a opinião dos governadores é decisiva para qualquer posição do governo", garantiu. Berzoini descartou também mudanças no redutor de 5% para os servidores que não cumprirem os critérios para obter aposentadoria integral. Segundo ele, o redutor é o indutor da permanência do funcionário no serviço público e que a permanência do servidor por mais tempo ajuda a fortalecer o Estado. O ministro afirmou que para os futuros servidores ainda serão determinadas as regras dos fundos de pensão complementar. "Precisamos ver como serão desenhados os fundos de pensão. Poderá haver um fundo geral da União ou mais de um fundo para contemplar segmentos, como auditores, professores e um fundo do Poder Judiciário", disse. O ministro anunciou também que deve assinar um protocolo para trabalhar com a CUT em um projeto para incluir os 42 milhões de brasileiros que estão fora do sistema previdenciário.

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