PUBLICIDADE

Bernardo propõe corte de R$ 14,2 bi do Orçamento

Contingenciamento adicional será necessário para que o governo consiga cumprir a nova meta de superávit

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, apresenta nesta terça-feira, 24, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta de corte de mais R$ 14,2 bilhões do Orçamento Geral da União deste ano. O contingenciamento adicional será necessário para que o governo consiga cumprir a nova meta de superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), ampliada de 3,8% para 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB).   A distribuição dos cortes, segundo o Ministério do Planejamento, foi definida em conjunto com a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. A proposta, no entanto, não apenas bloqueia recursos, mas também prevê o remanejamento de verbas para o reajuste do Bolsa Família e a liberação de emendas parlamentares.   No encontro com Lula, Paulo Bernardo apresentará cenários projetados pela equipe econômica para que essas despesas possam ser aumentadas sem comprometer as contas públicas. Com base nos números, o presidente tomará uma decisão.   Com a ampliação dos cortes, o total de verbas bloqueadas no orçamento deste ano subirá para R$ 29,05 bilhões. Em abril, o governo havia contingenciado R$ 19,4 bilhões do orçamento. Um mês mais tarde, no entanto, R$ 4,55 bilhões foram desbloqueados, dos quais R$ 2,8 bilhões foram liberados para a Presidência da República e 13 ministérios e o restante foi destinado às reservas da União.   No final de maio, o governo decidiu elevar a meta de superávit primário em 0,5 ponto percentual do PIB. Esse dinheiro deverá ser destinado ao Fundo Soberano do Brasil e funcionará como uma poupança para conter a inflação e ser aplicada na economia em momentos de crise.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.