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Bernardo defende escolha de Haddad para pleito em SP

Por Anne Warth
Atualização:

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu hoje a escolha do ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato do PT à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012. Na avaliação dele, a escolha foi feita de forma transparente e com diálogo aberto. Para Bernardo, a desistência dos demais pré-candidatos - os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy e os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini -, não foi uma imposição antidemocrática da cúpula do partido."Eu acho que é democrático resolver questões de forma transparente e aberta. Não foi algo resolvido por quatro caciques em uma mesa de restaurante", opinou, após participar da cerimônia em que o médico Roberto Kalil Filho foi nomeado professor titular do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). "Tivemos debates abertos com toda a militância. Tenho certeza de que essa será uma decisão absolutamente reconhecida pelo conjunto do partido, que é quem tinha que decidir nesse momento", disse. Na avaliação de Bernardo, Haddad é um excelente quadro. "O ministro Haddad é um quadro da maior qualidade, o PT soube escolher".Ele também afirmou acreditar que as explicações do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre os casos suspeitos de corrupção dentro da pasta foram satisfatórias. "Acho que o ministro Lupi se saiu bem. Na maioria dos casos, inclusive, o Ministério já havia tomado providências", afirmou. "O que eu notei de mais relevante é que, em todos os casos em que havia denúncias de problemas, o Ministério já estava atuando. Já tinha tomado providências, encaminhado para a Controladoria Geral da União, afastado pessoas, suspendido convênios. Portanto, está satisfatório." Bernardo também brincou sobre a frase de Lupi na Câmara, que ontem disse amar a presidente. "Quem não fica contente com uma declaração de amor, não é verdade?".O ministro das Comunicações disse ainda que a mobilização dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo para protestar contra a divisão dos royalties do petróleo é uma reivindicação "com razão", mas que outros Estados da nação também têm interesse em receber as divisas da exploração. "Essa é uma questão extremamente importante para Rio e Espírito Santo, que estão se mobilizando com razão, mas é evidente que outros Estados também têm suas razões", afirmou. "Lá no Paraná, por exemplo, o povo quer saber como vai ficar essa distribuição, assim como no Piauí. Essa relação de forças vai ser definida dentro do Congresso".O ministro não descartou a possibilidade de que a presidente Dilma Rousseff vete uma decisão do Congresso que ela considere injusta. "Se ela chegar à conclusão de que houve alguma injustiça flagrantemente não razoável, sim (ela pode vetar), mas não sei os detalhes. A hora em que o Congresso tomar uma decisão, a presidente vai avaliar", afirmou.Dilma esteve hoje em São Paulo para participar da cerimônia de posse do médico Roberto Kalil Filho. Ela não discursou nem deu entrevista. Também participaram do evento o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (PSD); o ministro da Saúde, José Padilha; o presidente do Senado, José Sarney (PMDB); o ex-governador José Serra e o reitor da USP, João Grandino Rodas, além de médicos e professores da universidade e convidados e familiares de Kalil.

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