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Bernardo defende candidatura governista única ao Planalto

Temos de ter um candidato que represente o governo nesta eleição", afirmou o ministro do Planejamento

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Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, endossou nesta sexta-feira, 16, a tese de uma candidatura única, que represente o governo, nas eleições de 2010 para a Presidência da República, ideia que é defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho que a coisa mais sensata que poderíamos fazer é o que o presidente Lula está falando. Temos de ter um candidato que represente o governo nesta eleição", afirmou, durante encontro com a diretoria do Sindicato da Habitação, o Secovi, na capital paulista.

 

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Na avaliação do ministro, a candidatura única reduziria o espaço da oposição e fortaleceria o candidato do governo. "Se tivermos mais de um candidato, poderíamos ter um problema de mimetismo político", alertou. "Poderão aparecer candidatos de oposição dizendo ser a favor de tudo o que o governo faz. Temos de tomar cuidado com isso", emendou. Sem revelar suas preferências, Bernardo sinalizou ser favorável à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para a sucessão no Palácio do Planalto. Ele defendeu ainda a candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo de São Paulo.

 

"Tudo isso está sendo conversado, ninguém tomou uma decisão definitiva ainda. Ciro tem falado que gostaria de ser candidato a presidente, mas acho que ele deu um aviso claro quando transferiu o seu título de eleitor para São Paulo. Antes de abril ou maio, não haverá decisão sobre isso", declarou.

 

Bernardo elogiou Ciro, a quem chamou de "pessoa extremamente qualificada, com habilidade verbal extraordinária, bom debatedor e sujeito de excelente reputação". "Qualquer que seja a decisão de Ciro, para o governo de São Paulo ou para a Presidência, ele com certeza vai dar trabalho. Se for candidato ao governo, com certeza será um fato novo que deve ter um impacto muito grande na conjuntura política do Estado", afirmou.

 

O ministro refutou a ideia de que Ciro não tem ligação com São Paulo. "Ele tem uma boa visão nacional dos problemas, foi ministro da Fazenda (1994) e ministro da Integração Nacional (2003), é paulista de nascimento e acho que ele vai se sair bem se for essa a opção que fizer", opinou. Perguntado sobre se acredita que Ciro tenha carisma para conquistar o eleitorado paulista, ele respondeu: "Eu gostaria de ter o carisma que o Ciro tem. Aliás, sou paulistano, e quem sabe também podia ter transferido meu título (eleitoral) para tentar disputar o governo de São Paulo", brincou.

 

A candidatura de Ciro ao governo de São Paulo é defendida pelo presidente Lula, que vê na figura do deputado um palanque forte no Estado para a sua candidata preferida à Presidência, a ministra Dilma. O PT paulista é contra a candidatura estadual de Ciro e já manifestou a intenção de ter candidato próprio para o governo de São Paulo.

 

O nome mais cotado é o do ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), que se livrou recentemente de acusação de quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa. Ciro é também um dos maiores críticos do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), provável candidato tucano à Presidência em 2010.

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